31/12/2008

31.12.1989


Mais um ano...literalmente! Cheguei aos 19!


Tudo de maravilhoso e gratificante para este novo ano para aqueles que eu apreço...
Essas pessoas sabem quem são! =)


27/12/2008

Olá tia!


As pingas caiam pelo guarda-chuva fechado, encharcado, no qual apoiavas a mão direita imitando Bernarda Alba... As pingas formaram uma pequena circunferência no chão, que tu foste alargando lentamente com a ponta do chapéu, foi então que decidiste desenhar um sol através da chuva. No fim aquele desenho molhado no chão já não era mais um simples sol, tinha-se tornado numa estrela de natal... Do nosso natal!
Nunca escrevi sobre ti, nem tenho por hábito dedicar posts aos meus "mais chegados", afinal, tu nem és um "mais chegado", nem melhor amigo como te considero tantas vezes, és... DIFERENTE...(neurótico vá! ehehe) Não! Não és diferente, és um espelho! E eu também! Adoramos refletirmo-nos não é? E o mais engraçado é que não é propositado, é Antilope! Antiope! Antiople! Antiii...lope! Ah ai enfim...Resumindo... Não te dedico um post, nem meras palavras que ainda não deixaram de ser meras, porque ainda não as consegui promover a textos encantadores, é algo que vou buscando, e como sempre, quanto mais aprendo menos sei, menos sabemos... Não é? Estou a divagar, mas juro que estou a beber Sun Quick de laranja, só!
Enfim... Vamos guardar a nossa imagem na estação de comboios: Eu dentro do comboio, com o vidro fosco da porta que já não pode abrir novamente, a sorrir para ti... E tu, que correste um pouco para apanhar o comboio que começava a sua marcha, e que me fizeste soltar uma enorme gargalhada que assustou os passageiros!
Também quero sonhar em tons sépia como tu. Ahahaha!

23/12/2008

What ever Happened The Strokes

I wanna be forgotten,
and I don't wanna be reminded.
You say "please don't make this harder."
No, I won't yet.
I wanna be beside her.
She wanna be admired.
You say "please don't make this harder."
No, I won't yet.
Oh dear, is it really all true?
Did they offend us and they want it to sound new?
Top ten ideas for countdown shows...
Whose culture is this and does anybody know?
I wait and tell myself "life ain't chess,"
But no one comes in and yes, you're alone...
You don't miss me, I know.
Oh Tennessee, what did you write?
I come together in the middle of the night.
Oh that's an ending that I can't write, 'cause
I've got you to let me down.
I wanna be forgotten,
and I don't wanna be reminded.
You say "please don't make this harder."
No, I won't yet.
I want to be beside her.
She wanna be admired.
You say "please don't make this harder."
No, I won't yet...

Não me lembro

22/12/2008

no 2º andar


Concretizar os teus mais íntimos desejos num mundo, em que somos nós que o vamos educando a pouco e pouco, torna-se quase surreal, imperceptível, incoerente, mas os corações agora batem... muito rápido por sinal.


Quando ela dança, o que lhe vai na alma, e que se transmite facilmente para todos aqueles movimentos, são desejos, vontades de se sentir amada, desejada... Mas mais que isso tudo, é a criança que agora está ali a dançar, aquela que sem saber porquê dizia que a música eram bocados de almas que nos enchiam o coração, e dançar era uma maneira de partilhar, de saborear a vida...


São coisas próprias da idade, foram sempre coisas próprias da idade, todos nós temos direitos a ter coisas próprias da idade até morrermos...


A água corre agora, quente, quase a ferver.

E não vamos parar... Amanhã quero acordar.

12/12/2008

bmi Baby

O meu corpo acendeu-se com as tuas palavras. Engraçado, como nunca me entreguei nem me entregarei tanto como a ti, e como depois vim a sofrer o dobro do que esperaria algum dia vir a sofrer. Como é que é possível não conseguir apagar chamas, que ardem incessantemente mas que nem com um oceano se irão apagar? Que tipo de amor é este para me adormecer triste todas as noites por não ter nem quem me aconchegue, e ao mesmo tempo por não ter quem me vire as costas até eu morrer de incertezas, e medos de te perder. Estes contrastes trouxeram-me mais uma vez um nó à garganta que tantas vezes te consumiu...
Quem me irá receber mais da forma que tu me recebeste? E ainda assim, sou capaz de te desejar sempre que me lembro que sou mulher, nas noites frias que têm feito ultimamente. Que desgosto que é perceber, que nunca conseguirei interpretar, ou representar sem mergulhar num mar de lágrimas infinitas, e no entanto já não gemo nem soluço... O choro que tu tão bem conheces, que torna a minha face rosada, e os meus olhos muito vermelhos, tornou-se nos últimos tempos uma coisa silenciosa... Se provasses as minhas lágrimas com certeza que sentirias um sabor a amargo como o que eu provo todos os dias quando percebo que talvez nunca mais me deliciarás com o teu sorriso e gosto por me fazeres surpresas únicas... Assim... à minha espera... Onde que que seja, a tua serenidade, quando me recebias em encontros tão solenes como um ritual raro, naquele aeroporto, fazia-me sentir pequenina, porque eu tremia, acredita! Sentia vergonha de te abraçar de tanto tremer de tanta felicidade...
Tivemos tanta sorte em nos desfrutarmos.
Tivemos.



Fedra - "O que é que se quer dizer quando se diz que alguem está apaixonado?"
Ama - "Filha, é o maior prazer de todos, mas ao mesmo tempo é doloroso."

09/12/2008

Heterónimos de H2O e sal.


"Para ser grande, sê inteiro: nada Teu exagera ou exclui." Ricardo Reis
Não querendo ser individualista, como inevitavelmente me torno cada vez que decido observar com atenção os dias a passar, como um bloco de notas em que as folhas se arrancam com a força do vento, tal como num filme... E me ponho a escrevinhar umas coisas... e se não me conseguir imortalizar em ideias e registos?
Mesmo sentido a efemeridade da vida na pele, de um todo que se altera a cada milésimo de segundo, é a morte que está adjacente a cada um dos meus dias; dos nossos dias!
Tantos se imortalizaram, outros que estão vivos deixam-se morrer mais que os falecidos, e eu, que tantas vezes me sinto tão vazia de mim mesma, por sentir que nos movemos todos como uma massa, mas que, no entanto, não paramos para reflectir, porque a realidade é que a minha, a tua, a nossa geração vive a um ritmo alucinante.
"Carpe Diem" não implica viver à pressa... Eu quero cultivar o respeito pela vida que me foi atribuída, e como não conheço aquilo que está para além dela, tenho de guardar a consciência de que ela passa como um rio que Ricardo Reis tanto quer observar ao lado de Lídia.
Todos nós sem excepção somos, sem dúvida, organismos, um universo de mundos, e para crescermos, não precisamos de jogar, ou corroborar planos, basta sermos nós por inteiro, atingirmos uma sinceridade única connosco próprios, sem pedir desculpa por existirmos, antes de nos relacionarmos com o resto do mundo.
Não quero escrever uma lição de vida, mas sim, confirmar-me a mim própria com os frutos que fui recolhendo, através do que li... Não me canso de repetir: Não me quero perder no meio da subjectividade, quero encontrar respostas para aquilo que quero ouvir... Somos aquilo que sempre fomos de origem, e não aquilo que não podemos ser, ou fazer.
Quero ser um todo, conhecer-me num todo, numa masturbação infinita...sublime.
Quero.

06/12/2008

"Insónia de Fedra"


Retalho-me em cortes profundos.
Não há nomes que me revelem.
Já me deitei sendo muitas
e eis que acordo e sou apenas Ele.
Colecciono pedras que atiro contra o espelho.
O espelho de dedos em riste
e unhas sujas de corrupções e fluidos de amores torpes.
Estilhaço de vidro agudo fincado por debaixo da pele.
Já me escarneci com intervenções cirúrgicas
em metade à escuridão e ao sono que não é meu.
Retirado o espinho de vidro,
saberão todos eles como me acostumei a suicídios.
Abafo o grito que é de todos os cortes.
Peço silêncio à violência que Ele me traz.
Teseu das Guerras dorme
Entre os lençóis frios.

Alexandre Cabanel - Fedra (detalhe)- 1880

04/12/2008

Criatura da Noite

Esta noite quero cantar
Dançar e voar ah ah ...
Quero ver luzes muitas
Quero ser um pássaro.

Quero ver os peixes a bailar
E as ideias a gritar
Quero voar voar até ver
O mar pegar fogo
E o campo incendiar
Até a luz me cegar
E eu voltar p'ro meu lugar



30/11/2008

Raining Bleeding Loving


Fight

Luta-se por aqui porque a força nunca faltou para tal
Eu luto porque tenho medo de me olhar ao espelho e ver novamente uma desconhecida de olhos melancólicos. É isto que dá sentido à minha vida e à daqueles que acompanharem o destino da maneira que lhes foi dado; premeditado, ou fabricado dia-a-dia.
Se um aldeão escava e cava semeando a sua própria comida, cavarás tu também pelo teu caminho fora. Foi assim, no meio da guerra, que todos nós aprendemos a ser além de viventes, sobreviventes. Sempre.
Vamos lutar não por um mundo melhor, mas pelo nosso organismo, (muitas vezes não primando pela saúde), pelo nosso lugar, pelos nossos pés que pisam matéria, e pelas matérias que nos tocam, independentemente de ser com mãos ou não.

25/11/2008

Sinto-me tão só desde que nasci.

22/11/2008

"Talento"

"86 - O normal é termos em nós um molde para as ideias que recebemos. As ideias têm a sua conformação, nós temos a nossa. Se uma ideia nos atinge, é porque coube no nosso molde. Se não, arrumamo-la na prateleira de nós, onde ganha bolor. Se todavia alguma vez a utilizarmos há que acomodá-la ao que somos. Entre o molde que é nosso e o que é das ideias, se algum se pode ajeitar, é o delas. Assim as amolgamos para caberem, lhes damos uma forma que não é para caberem, lhes damos uma forma que não é a sua para serem o que não são. Mas isso tem limites, mesmo que elas fossem de lama.
Os que no entanto, não têm moldes nas suas possibidades receptivas, engolem tudo. Não têm molde, têm um estômago forte ou um armazem de merceeiro. As ideias não são neles funcionais ou são moeda de compra e vena como os lápise as borrachas dos miúdos da escola. Não se transacciona uma ideia como se não transacciona a nossa pessoa. Mas há quem não seja pessoa."

(...) "Pensar" Vergílio Ferreira

Assim fomos trocando palavras que juntas não fizeram grande sentido, porque estávamos sentados nas escadas da subjectividade, com um cigarro de subjectividade, a beber subjectividade, aceitando uma boleia para a subjectividade que, ainda por cima não tem fundo como um poço de aldeia; olhamos para o seu fundo e não sabemos onde acaba.
A sociedade não será nunca a nossa desculpa, porque ou estamos a sonhar constantemente, ou somos aquilo que fazemos e não o que dizemos.
O que aconteceu? Enfim... Amámos-nos naquelas escadas. Três pessoas não poderiam realizar nada mais que ideias com formas distintas que se ligaram numa e a mesma coisa; numa massa revolucionária que rumou até Benfica.


Feliz!

Um Beijo.

PS: Talento é isto.

" 21- O que você escreveu parece-me um disparate.
- Mas foi justamente que eu quis.
- Tanto pior. "

11/11/2008

Nariz Gelado

Amanhã quero acordar e ver que ironias continuam a acontecer, porque me fazem rir.
Quando puder os pés no chão, já não quero estar de leggins castanhas e com uma camisola às cores, quero sim, estar radiante, a condizer com o sol que vai brilhar.
Quero estar bonita para aqueles que me desejam por lhes fazer rir, ou por lhes gostar tanto.
Se um dia alguma consequência gigante aparecer fazendo o mundo abanar com os seus passos, eu serei madura o suficiente para assumir os meus actos, porque com esta idade já não se pode fugir das nossas responsabilidades... E até já sei cozinhar e tudo.
Sinto-me cada vez mais preparada para voar. Já fui um pássaro que acolhia outro num ninho, e agora de repente olho para mim e vejo que nada mudou, porque irei sempre receber tal como fico feliz quando dou e quando partilho. Partilhar é amor, e não precisamos estar apaixonados. Hoje partilhei nuggets com a Marta e posso dizer que a amo por querer explorar o seu interior tal como eu quero explorar o meu, e consequentemente vamos assim conhecendo as estradas do coração de cada uma. Este foi um bom exênplo do amor que quero passar a sentir todos os dias, seja vindo de ti ou vindo de todos aqueles que já consigo ver com outros olhos. Ao passar a vida em processo de introspecção continua neste blog, percebi que o que estou a escrever neste momento continua a ser uma análise do que quero daqui para a frente em relação às estradas do meu coração e da minha vida, mas a diferença é que já consigo ver espelhos naqueles que vou prezando e começo a observar e a conhecer de outros prismas. Já lá alguém dizia: "é tudo uma questão de perspectiva"... Gostei de redescobrir mais que isso... E foste tu que me mostraste embora em circunstâncias erradas, que partilhar sem limites com limites sabe bem...

09/11/2008

Afrodite


" O que é a vida?

O que é a vida sem a dourada Afrodite?

Que eu morra, quando estas coisas já não me interessarem:

O amor secreto,

As suaves ofertas e a cama,

Que são flores de juventude sedutoras para os homens e mulheres.(...) "


Poesia Grega de Álcman e Teócrito


Descobrindo o mundo infinito dentro de mim, onde correm os maiores perigos e as maiores virtudes ao mesmo tempo.
A vida do ponto de vista abstracto e lírico...
Enlouqueço nos momentos cruciais. Tiro frutos e sofro ao mesmo tempo.
Não me vou perder num rio de abstracções. Quero imortalizar-me como tantos outros que se deixarem molhar por esse rio, mas que também sabiam nadar.


"Vou viver como alguém que só espera um novo amor... Há muitas coisas no caminho onde eu vou... às vezes ando só trocando passos com a solidão, momentos que são meus e que não abro mão... Já sei olhar o rio por onde a vida passa..."


31/10/2008

Muuuu !





Pelas tardes ao telémovel com amigos de nomes imaginários "Olá fala o Fred?"
Pelo borbulhoso! "chamo-me Roberto!"
Pela ante-estreia do Harry Potter.
"wingardium leviosa!"
Pelo zoolander. "Really Really good looking!"
Pelas tardes a vadiar pelas ruas de lisboa "Olha uma revista com o Daniel!"
Pela minha primeira menstruação
Pelas constantes paixões partilhadas
Pelos nossos primeiros namoros
Pelos encontros a quatro "Baza ver os barcos a passar"

Pelas idas a Queluz "olhó pica!"
Pelo primeiro cigarro "SG Filtro?"
Pelas noites perdidas
Pelos dias ganhos
Pelos verões de sonho em Sesimbra
Pela nossa barraquinha de amigos "És uma alcoolico...ANÓNIMA!"
Pelos nossos lanches na barraca "VOU DESLIGAR A MÚSICA PARA PODERMOS CALHANDRAR!"
Pelas tardes de praia "Inês põe-te ao sol!"
Pelas primeiras idas à discoteca "Vocês não passam dos 14..."

Pelos primeiros desgostos
Pelas maiores alegrias
Pelos constantes fraquinhos
Pelos constantes "sxhexys"
Pelos passeios no parque central
Pelos 6 angels
Pelas primeiras litrosas
Pelas primeiras ganzas
PELOS BON JOVI "We are the Bon Jovi girls!"
Pelas danças no "Vai tu"
Pelos nossos videos creativos "FAME!"


Por isso e por tantas, mas tantas coisas mais...

Por seres tão única...
Por muito tempo que passe não saimos da vida uma da outra! (Admite inês!)
Por isto tudo...

Muitos parabéns por significares tanto!

(que lamexas!!!! SOCORRO!)

dos 11 aos 19 belo pulo!
A verdade é que muita coisa mudou pelo caminho...
As recordações ficam, e os anos passam...
(agora vou ser verdadeiramente lamexas, o resto foi uma amostra!)
Acredita.... Estás mais presente que nunca.
Parabéns!!!

25/10/2008

Get mine



Fogo.

Subiu, cobriu, preencheu a mulher que dança em frente ao espelho.

São tudo desejos, instintos, impulsos de temperatura alta... Traduz-se tudo numa dança pouco coordenada, mas cheia de prazer. Ela está sozinha... Nem um só corpo que chegue para a saciar mais que aquele corpo que dança, doce e lentamente.
As lembranças lançam chamas para o seu ventre.
Nada se compara aquele corpo que ferve sozinho no quarto, dançando sem parar.
As lembranças lançam chamas para o seu peito.
O instinto animal já se fundiu há muito tempo com o humano... Ambos se tornam na mesma e única coisa: Ancas que formam ondas intermináveis de calor.

Mais calor...

22/10/2008

Na boca de cena

Muitas vezes começei por escrever sobre isto, mas nunca consegui ir buscar palavras para escrever sobre isso... Isso o que? Isso mesmo: ISTO!

Agora sim, olho para trás e vejo que já valem de alguma coisa dois anos inteiros num meio complicado mas ao mesmo tempo maravilhoso. Não quero escrever sobre as subidas e as descidas, conflictos ou momentos de alegria até às lágrimas entre aqueles que guardamos aqui, mas sim disso mesmo: Isto.

Isto é o que vem aqui guardado, mas que me fez crescer em frente ao espelho, cada dia com uma indumentária diferente, ou até mesmo de pijama pronta para ir dormir, mas sempre a tentar copiar as expressões da Cláudia Raia ou da Kate Winslet, ou inventando eu própria um texto... Sim, cresci a cantar, por vezes a mesma música por uma hora... Cresci assim, não há como negar isso! Existem arquivos com provas! Mas que rídiculo expor isto desta forma! Mas existe outra? É ingrato explicar isto, sem me afirmar, sem parecer algo presunçosa, sem falar do facto de ter procurado a vida inteira por isto.

Isto é pura e simplesmente o que me faz levantar todos os dias...

Isto é um texto... este texto que tenho ao colo.

Isto é amor.

16/10/2008

"Como vai você? Que já modificou a minha vida... Nem sei se gosto mais de mim ou de você..."

05/10/2008

Felizmente Há Luar

Na vida: "Todos nós somos chamados, pelo menos uma vez, a desempenhar um papel que nos supera. É nesse momento que justificamos o resto da vida, perdida no desempenho de pequenos papéis indignos do que somos.(...)"

12/09/2008

A outra prespectiva

Só por hoje não vou tomar a minha dose de ti...
Estou cansada de chorar feridas que não se fecham nem se curam...
E esta abstinência um dia vai-se tornar em felicidade.
E não adianta procurares-me em outros timbres ou em outros risos... Eu estou aqui o tempo todo para ti, de coração nas mãos, mas nunca mais de corpo nu.
Desta vez já vesti a minha armadura, e mesmo que nada funcione, eu vou estar de pé, de queixo erguido. Depois conseguirás fazer-me rir como sempre, mas eu não vou ficar bem na tua mesa de cabeceira como antes. Estou a aproveitar cada segundo, antes que o meu quarto se torne novamente num palco de tragédia, ou comédia... Depende do ponto de vista!

Escolhi-me!

Isto para mim não é um jogo de orgulhos... É uma grande falta de respeito por memórias de cristal...

Continuarão a ser de cristal.

Adeus.

26/08/2008

A tua causa

O meu riso já não é o mesmo, a minha voz não é a mesma, a minha maneira de andar não é a mesma, o meu corpo não é o mesmo, as minhas piadas não são as mesmas, e o meu olhar não é o mesmo. Os meus beijos não são os mesmos, as minhas vontades não são as mesmas, os meus apetites já não são os mesmos, o meu talento já não é o mesmo.
A minha força continua a mesma.

22/08/2008

interminável pesadelo

AAAAaaaah fodasse que arranhões tão profundos.
Fechei uma porta e nem sabia que nunca a conseguiria abrir por não saber lidar com a fechadura. Ali dentro fechada, sem telémovel, sem força nem mãos que me deixassem sair dali, gritei pela minha mãe como Hamlet gritava pela sua... E NINGUÉM ME OUVIU! Percebi então o quanto sozinha estou. Por muito que gritasse ou espernia-se ninguém me iria ouvir, e os vizinhos de cima pouco se importaram, nem se lembraram que o contacto dos bombeiros existe. O ar faltava-me, doía-me a garganta, o meu coração estava pousado na minha língua... Forcei a porta, e a fechadura sorria de gozo para mim... Podia ter morrido ali dentro e ninguém iria reparar... Às 18:30 a minha mãe ao encontrar-me morta na casa de banho, lembrar-se-ia que nunca soube abrir aquela porta, nunca tinha percebido o jeito que é preciso dar-lhe. Agora percebi que não morri, mas ninguém me ouve, ninguém ouve os meu gritos... Saí com o meu corpo daquela casa de banho, mas a sensação de clausura continua.
Onde estás tu? Onde está o homem que se dizia meu companheiro? O que estás a fazer? Porque é que não me dizes nada? Porquê??? Amas-me? A resposta é um vazio.

17/08/2008

Não por ti. Por mim.

Afinal filmes foram, e serão sempre pensados nestas coisas que, consequentemente acontecem na vida de uma pessoa como eu.
Uma porta fechada, medos, frustrações, falta de uma linha recta de um passado... Seja o que for, o que sempre me fez voltar atrás o que sempre me fez esquecer com tanta facilidade esta dor que me vem atormentar quando a minha cara te assusta, foi precisamente a tua pele e não os teus actos... Não apenas a pele, mas o facto de eu ter toda a certeza de que estarás na minha vida até ao fim dos meus dias, porque ao tocar-te com um dedo que seja... Não sei! Apenas sinto a certeza que não pode ser mais ninguém... Mártir eu? não.

24/07/2008

Chora pequenina, chora mais um pouco.
Porque choras tanto? "Quando parares de chorar vais perceber que está tudo na mesma."
Desabafa chorando... Só assim... Só mais um pouco... Que dôr de garganta.

21/06/2008

Disciplina

E...
Força, amor, energia, creatividade e inteligência.
Força, amor, energia, creatividade e inteligência.
Força, amor, energia, creatividade e inteligência.
Força, amor, energia, creatividade e inteligência.
Força, amor, energia, creatividade e inteligência.
Força, amor, energia, creatividade e inteligência.
Força, amor, energia, creatividade e inteligência.
Força, amor, energia, creatividade e inteligência.
Força, amor, energia, creatividade e inteligência.
Força, amor, energia, creatividade e inteligência.
Força, amor, energia, creatividade e inteligência.
Força, amor, energia, creatividade e inteligência.
Força, amor, energia, creatividade e inteligência.
Força, amor, energia, creatividade e inteligência.
Força, amor, energia, creatividade e inteligência.
Força, amor, energia, creatividade e inteligência.
Força, amor, energia, creatividade e inteligência.
Força, amor, energia, creatividade e inteligência.

14/06/2008

Não se chama destino

Estava a andar pela rua, e lá estava ele, o mesmo de todos os dias, no mesmo sítio. Ainda se lembrava da primeira vez que o tinha visto, ali naquelas escadinhas para a rua do amor, sentado, tocava algo como a música da viagem, com o cabelo a tapar-lhe um pouco os olhos, e o que brilhava naquele rosto era sem dúvida o sorriso...Um sorriso grande cheio de paz e amor. Aquela voz suava-lhe a baríteno tenor, mas com açúcar claro!



Como da primeira vez que por ali passava, ele olhou-a como se a visse a passar todos os dias por ali, mas aquele era o primeiro dia que ela começava um novo trajecto e abandonara no ínicio com alguma reluntância o trajecto de rotina... Enfim, naquele dia decidira que se mudá-se de rota a sua vida também iria sofrer muitas mudanças, e assim foi... Lá estava ele a cantar algo sobre um esquilo, esperando calmamente sentir o seu cheiro, ele só esperava voltar a sentir aquele cheiro que lhe parecia tão familiar.



Da primeira vez ele continuou a tocar. Desta vez ele ergueu-se e foi ela que o beijou primeiro... Depois sem saberem quem havia chegado primeiro aos lábios um do outro, ele percebeu...Sabia que... Sabia que.... Sabia que sim...eram aqueles caracóis de ouro que lhe pertenciam...

Avançaram o resto da rua, ele de guitarra pelas costas, ela cantando docemente, os dois sonhando com mil e uma cheesecakes...


Não se chama destino .

10/06/2008

Chilli e Chocolate Branco.

Estás proibida de escrever sobre o "nada" e o "vazio", embora pareça que essas são as únicas coisas que conheces melhor.
Não! Por favor! Nem mais uma lágrima!
Na realidade começas a ganhar uma vergonha de te mostrares triste, chorosa... E há tão pouco tempo não conseguias perceber o porquê das pessoas esconderem esse tipo de maus momentos pelos quais todos passam, e assim, quando te apetecia mesmo deixar cair uma lágrima ou outra, deixavas simplesmente... Mesmo que mais ninguém desse a importância devida a essas mesmas lágrimas: O importante é que tu mesma sabias que depois te irias sentir muito melhor, pronta para escrever um texto novo no blog e tudo! Corrige-me se estiver errada ok?
Agora as coisas mudaram... Não aceitas muitas das situações que te passam pela frente, ou mesmo por cima de ti, e por muito que te digam para te manteres forte, e para pensares que falta pouco, o facto é que, a tua suposta frieza não abrange tudo o que te rodeia, e a verdade é que cada vez menos te suportas a ti mesma... Mesmo assim tens a total consciência que o que as pessoas te mostram como sendo tu mesma, nada tem a ver com aquilo que és, e isso tu sabes que é real, e que se passa muitas vezes, a não ser que... A não ser que te tornes no quadro que pintam...Blá blá blá BADAMERDA PARA ISSO TUDO! Agora pensa: O que é que interessa realmente para tua felicidade observares um quadro que está constantemente a ser "repintado" quando tu estás convicta daquilo eras, daquilo que és, e acima de tudo... Naquela que te vais tornar!

Ninguém consegue "REMAR CONTRA A MARÉ": uma maré de opiniões, e sentimentos descartáveis que mais tarde ou mais cedo voam todos com um SOPRO TÃO FRAQUINHO...
E a verdade é que a introspecção sempre foi positiva para todos os seres humanos.
O bom é acreditar que existem mais pessoas por aí fora que também o fazem: Que também passam muito tempo com eles próprios, a escrever textos (tenham ou não uma certa qualidade literária) que são genuínos e vindos às vezes de uma rajada de honestidade, e que outros podem não escrever, mas pintando, cantando, ou compondo... Investem todos esses poucos gatos pingados numa vida recheada de chilli ou chocolate branco.

08/06/2008

Não fazes corno

"É PRA AMANHÃ! BEM PODIAS FAZER HOJE! PORQUE AMANHÃ SEI QUE VOLTAS A ARREAR! E TU BEM SABES COMO O TEMPO FOGE, E TU NADA FAZES PARA O AGARRAR!"(...)
António Variações

05/06/2008

Pânico

Pânico!!! Um ódio gigante apoderou-se dela, e este era um sentimento que só lhe assaltava o espírito em ocasiões bem específicas, o que lhe fazia inevitávelmente virar-se violentamente contra a pessoa que mais amava acima de tudo e de todos. O coração palpitava-lhe tanto... Ela podia senti-lo em todas as partes do corpo. O coração... Agora ela sentia o coração no céu da boca, acompanhando os gritos e os enormes insultos que lhe saltavam sem parar da boca, e que lhe ocupavam a cabeça, o cérebro por complecto. Tudo o que lhe aparecesse à frente iria ser arremessado contra a própria mãe. A casa agora era apenas um balão branco, e ela gritava mas não via nada! Desesperada percebeu mais uma vez a verdade, nua e crua, que agora lhe arranhava os órgãos, arranhões esses que nunca se iriam ver na pele, mas que lhe iriam deixar cicatrizes em todos os músculos... "Estás sozinha."
O MUNDO NÃO SERVE PARA EU VIVER, NÃO É O AR QUE EU QUERO RESPIRAR, NÃO TENHO CULPA DE QUERER SEMPRE VER O MUNDO A PARTIR DE CIMA!!!

28/05/2008

Amo-te?

Vais construir uma casa, tão grande... Uma mansão. Boa sorte.

Perca


Sinto frio nos pés e calço umas meias apertadas, que nem dão para entalar bem o pijama. Lá fora o vento abana as árvores do Parque Central, e acompanhando o vento vão uns mil espirros meus, de uma profunda constipação acompanhando este tempo que não se adequa ao mês, nem à minha disposição, nem a nada que nos motive a cumprir os nossos deveres.
Aqueci uma sopa de agrião, olhei para a tigela, e observei o azeite que brilhava sobre as folhas verdes do vegetal. Uma colherada, outra, e mais outra, e então a tosse pareceu acalmar, mas aí vai... outro espirro! Não é nada por aí além uma constipação, é sim a sensação que a sopa de agrião me causou no peito... Saudades de uma velhinha sentada no sofá a olhar para a rapariga que lhe refundia a roupa para se parecer com ela, velha como ela...
Abro o livro... Lá vem o Carlos da Maia seduzir-me mais uma vez, lá me assaltam as vontades e os desejos que ele mesmo sente pela irmã.
Passam-se as quatro da tarde, mais as cinco, mais as seis e o dia ainda se mostra, vêm as sete, e as oito não do dia mas da noite com réstia de luz, e cá estou e o Carlos. Eu de cu dorido nesta cadeira que de confortável não tem nada, mas é nela que gosto de ler, e ainda o Carlos que discute com o Ega. Tosse! Mais tosse de todas as imundices que respirei! Mais uma sopa de agrião... Como adoro esta sopa de azeite brilhante na superfície!
Limpo a boca da tosse, da sopa, e de todas os gritos de revolta entalados com o agrião, que agora vão descendo até ao estômago.

25/05/2008

Então fazei como vos aprouver

O tempo caminha com botas de salto alto, e o salto vai-se partir.

Relativamente fácil é escrever acerca de estofos verdes deste comboio... Existe sempre algo a registar... Porquê andar sempre com um bloco destes no bolso? A resposta que encontro está no meu eterno medo de deixar que a vida que se entende como algo que me é dado por 15 minutos até eu atravessar ali a passadeira até casa, como até bisnetos, mas que de uma maneira ou de outra...Foda-se!!! Porra! Qual Anne Frank a complectar doze anos!

Amo-te...
Quando me deito e me proteges com os teus braços gigantes. Cuidas de mim, e eu cuido de ti. Queremos-nos com prazer e saudáveis no ninho. Beijas-me como ninguém beija ninguém, e dás-me a mão, mesmo que esteja um frio de rachar em vez de guardares a mão no bolso.
Quero morrer a fazer amor contigo!

"Teatro sem actores? Sem texto? Sem palco?" Objectivo ocidental

Levantava-me e beijava-te tão simples quanto isso...
Depois termina! Vais-te embora...

(...)Sei que vocês é que precisam de atenção e daí talvez se justifique o alarido, e a confusão: juntam-se como uma matilha.(...)

(...)Não falhaste por quereres ver o mundo de cima!(...)

Adorado Caio


Toma!
O que é isso?
É Arte.
Um dia quando eu sentir que o devo fazer
Vou tirar aquela tampa e rodar com aquilo na minha mão
Enquanto tomamos um banho de tons de roxos, verdes, azuis...

18/05/2008

Colar desfeito em pedaços

Abria-se a porta e estávamos logo na cozinha, uma pequena casa de banho com um duche espectacular, e um quartinho simpático...

Ela assustava-se às vezes com as aranhas, (ou talvez fosse outros bixo de patas enormes e fininhas) mas ele encarregava-se de com uma tesoura lhes cortar as patas. Estava ela a arrumar as suas bejigangas, para deixar tudo mais ou menos organizado (se bem que de organizada ela não tinha nada)ouvia feliz o seu companheiro a tocar como já era hábito na sua guitarra... ouviu o nome da mãe numa música simpática de ritmo frenético e alegre... De emoções à flor da pele, ela mexendo levemente nos seus caracóis de ouro (caracóis de ouro esses que serviram de título para a linda melodia) emocionada aproximou-se do rapaz que tocava com um sorriso enorme e perfeito a sua música toda inspirada no seu esquilo...(se bem que na altura ela ainda não tinha sido promovida a esquilo.)
Ela escondia-lhe fotos nas gavetas do seu quarto.
Foi também naquele chão azul escuro que ela chorou mas desta vez de...
Aquele quarto não tinha persianas..."trouxeste o sol..."
Acordaram na manhã seguinte os dois ao mesmo tempo.

14/05/2008

Sinal de vida

Olhos pesados. Cabelo fraco. Palpitações. O tal do vazio. Fome, choro, saudade e dôr. Inspiração. Apatia.

Capital


Perdeu a noção do que é o preto e o branco, do que é abrir uma embalagem e fechá-la, do que é correr e parar, até mesmo do que é alcançar ou deixar a pedra cair. Mas acima de tudo sabia perfeitamente que o bem e o mal se tinham fundido assim como a morte e a vida.

Olhou-se ao espelho e não compreendeu o porquê de dois olhos, um nariz e uma boca... Sebem, que uma vez lhe tinham contado que os homens tinham dois olhos e uma boca para observarem mais e falarem menos... Tal não foi o impacto disto que desde aí ele nunca mais se atrevera a falar para não estar calado. Continuou a olhar-se no espelho e continuava, aquela sensação... Sensação de obscuridade ténue, de um nojo atractivo...

Afinal quem somos nós? Porquê dois braços e duas pernas? Para percorrermos o mundo a realizar feitos memoráveis com as nossas próprias mãos ou para sermos atados pés e mãos até percorrer a linha que é chamada de normal?

Havia nele restos, amostras, traços de criança, embora o seu olhar fosse duro, embora impenetrável, vago, vazio... Um dia disseram-lhe que nem mesmo atingindo os noventa anos ele iria deixar de parecer por vezes um bebé a precisar de um bem essencial... (E ele que julgava impor respeito ao mundo com o seu aspecto duro, inflexível...) Tocava agora na sua cara arredondada, e então lembrou-se que nem mesmo o espelho lhe mostrava a sua imagem como os outros viam, nem a sua nem a de ninguém... Mas o que é que isso importava realmente? O seu fundo nada tinha a ver com a infantilidade... Era assim que queria ficar o resto da sua vida, a olhar-se, que mais poderia importar?



11/05/2008

Não sei escrever

Fase de auto-crítica constante. Não consigo escrever.

09/05/2008

23/04/2008

Barreira

Que moinho irá moer, esmigalhar, estes sonhos que jazem aqui mortos, onde as ideias se vão separar em migalhas de sonhos outrora vivos?
Que rio é este onde não posso molhar os pés?
Que tipo de respostas existem aqui do outro lado da minha rotina?
Quem me vai trazer agora o meu vinho da consciência?
Para onde foram os peixes que desesperavam por água limpa? E eu... Que desespero pelo ar que me preencheu de conclusões...
Que medo que é vaguear sem se saber o que se está a procurar...
A espuma amarelada do rio enoja-me como se estivesse na minha boca... O enjoo de um balanço nas ondas faz este mão escrever gritos de calamidades!
Mordo a boca por querer morder o mundo... Crio aftas para dar relevo ao nosso interior.

20/04/2008

Blond Amanda


Atei os fios das minhas botas de couro com bastante dificuldade tal não era a minha bebedeira... Depois fui ao espelho com fotos de Bon Jovi, e outras tantas bandas iguais lá coladas, em vez de beijar pela milésima vez o Jon Bon Jovi, olhei-me com atenção: Estava com uma cabeleira digna de uma saída igual a tantas outras, onde esta mesma cabeleira sempre foi a mais "juba" de todas, já para não falar das minhas novas madeixas pretas entre tanto cabelo loiro palha. Depois tomei atenção às franjas do meu casaco de cabedal, estavam todas entrelaçadas da noite anterior, abri um braço e endireitei-as, abri o outro para a mesma coisa, para poder dizer adeus do carro descapotável do meu namorado e as franjas poderem abanar bastante... Assim mandam as regras dos bon rockeiros: franjas e mais franjas nos casacos e nas botas se for preciso!
Passei um batom vermelho berrante pelos lábios, exagerei ainda mais o risco dos meus olhos, esfumei-o até as sobrancelhas, peguei na mala também ela de cabedal, e saí...

Para me drogar, para me embebedar mais uma noite, para ouvir os meus amigos mais a sua banda igual a tantas outras...

06/04/2008

(...)não queiram mal a quem canta
quando uma garganta se enche e desgarra
que a mágoa já não é tanta se a confessar à guitarra
quem canta sempre se ausenta da hora cinzenta da sua amargura
não sente a cruz tão pesada
na longa estrada da desventura(...)

fado lisboeta

02/04/2008

NADA!

Tenho a visão turva, agora vejo tudo desfocado, fosco... Agora forço este olhos verdes para focarem estas letras porque tenho de escrever... Sinto a cabeça constantemente a abarrotar de manifestos, romances, poemas, músicas, críticas, frases absurdas, mais umas coisas rudes, e outras cheias de mágoa, e traumas trágicos, no entanto não estou a conseguir escrever aquilo que quero... Bem, talvez escreva um manifesto anti-unificação da língua... Não..! Nem pensar! Vou-me acomodar a este sítio, acreditar na televisão sempre ligada, e tirar os c's das minhas reacções...

Perdi os meus óculos, por isso não consigo ver o mundo... não consigo ler acordos ortográficos, nem caras de desaprovo, não consigo avistar conhecidos que não querem conhecer, não consigo ver sorrisos, e piscar de olhos... Agora só sinto palmadinhas nas costas tão leves e caridosas e ao mesmo tempo tão pesadas que se não fossem as garras de um lince, os ossos partiam-se.

20/03/2008

2:56 WR

Pois bem... Aqui tens o explendor do que procravas, como Seteais num fim de tarde, só o frio não te atinge, e a noite não te abala como antes. Quando te cairem fervuras incandescentes sobre a cara não te irás afastar, nem o teu corpo recusará a chuva.

17/03/2008

Feather

(...)manipulada, depois acorda e magoa-se. Magoaram-na, violaram-na. Adora, não odeia, luta mas...Excluíram-na, ignoraram-na. Acredita, vai sonhando, e insiste! Julgam, condenam... Ela perdoa, encontrando-se, consegue.
Reproduzem a Feather. Amam a Feather.

Digerir

Hoje acordei capaz de engolir o Planeta Terra e talvez metade de Marte.
Começo-me a rir das minhas fraquezas e a achar que perdi muito tempo com choros e medos... Tenho uma missão a cumprir, não há nada que possa impedir isso. Involuntariamente estaria a lutar se não estivesse num dia como o de hoje: O que é inato continua a existir.

15/03/2008

"Impossível" é uma palavra.

Três dias, uma respiração.

09/03/2008

Booking reference


Agonia II

(...)Nunca andei tanto na minha vida... Corri quase Lisboa inteira a pé, deixei que os meus pés me levassem pra onde eles quisessem...eu não comandava... Vagueei... Não via nada, só me apetecia andar.
Depois vi mendigos à porta de uma igreja na baixa e fiquei lá olhar pra eles. Continuei a andar, e não queria voltar pra casa. Chorava mas 'tava-me a cagar se as pessoas olhavam pra mim ou não.
Queria-te desejar parabéns mas depois pensei na palavra 'parabéns' e aquilo não me dizia nada... Não são uns meros parabéns que tu mereces.
Só andava e... O tempo andou como nunca o senti andar. Entrei num táxi e pedi ao senhor para me levar a casa mas que não tinha dinheiro, o homem deve ter percebido o meu estado e trouxe-me; por incrível que pareça.
Não contes nada a minha mãe! Quero falar contigo!(...)

Sou mãe do teu coração?

O seu corpo de duas décadas, continua pronto para virar o mundo do avesso?

É uma pena que não nos lembremos do momento em que estamos a nascer e a passar pela vagina sangrenta e dilatada da mãe aos gritos e gemidos de dor, mas mesmo assim continuo a acreditar que tal como uma mãe quando recebe o seu filho acabado de nascer nos braços se emociona, o bebé também não está imune naquele preciso momento à emoção de conhecer a mulher que lhe deu tanto calor, ainda para mais no interior de um corpo cheio de impurezas e órgãos um tanto nojentos aos nossos olhos... Mas são nove meses incontornáveis de uma gravidez em que nadamos na temperatura deliciosa de um balão maternal.

Foi enquanto me deliciava com o seu toque e com o seu olhar na primeira vez que me desfrutou, naquele começo de manhã boémio, meu senhor, que percebi que existem génios, brilhantes e incansáveis na procura do mundo, virando-o do avesso.

(...)Hush now baby, baby don't you cry.
Mama's gonna check out all your girlfriends for you.
Mama wont let anyone dirty get through.
Mama's gonna wait up until you get in.(...)

A mãe é aquela que se abre para nós mergulharmos no vento, nos pedregulhos, nos ramos das árvores, no rio, no pântano, na relva fofa e molhada, e na lava do vulcão. É a mãe e não o pai a suportar a dor de uma saída cheia de esperança de glória, e não de uma entrada com prazer sujo, mas não de solidão.

Meu senhor, eu não lhe vou falar do seu pai.
Sabe que... Eu gritaria de dores por expelir um ser da mesma carne que a sua...e minha claro; se tivesse a certeza que aquele pedaço de carne viscosa tanto sendo macho como fêmea, um dia viesse como vossa senhoria...Virar este mundo do avesso.

parabéns s. m. pl., felicitações; congratulações.

Que peso poderá ter uma palavra...que...sendo palavra...gasta...sempre que alguém passa pelo mesmo dia e mês em que nasceu...Essa mesma com o seu eterno significado...nunca fará o tempo parar? Se com essa mesma palavra a eventual solidão também se torna incontornável? Contudo...que palavra se poderia aplicar à deliciosa imagem da sua cabeça desventrando o mundo? Não existe alternativa sabe..?

És um senhor porque o mundo te quer ver assim.
Respeitem o senhor. Amem o senhor. Conheçam o senhor.
Eleva-me um desventrar tão glorioso como o teu foi neste dia mas naquele ano.







07/03/2008

Intimidade

Ao calor
da minha intimidade,
sinto.
E tudo quanto vejo
é este sentir
denso e profundo.

As estrelas, lá no céu, brilham.
E eu,
cosido comigo
nas sombras do meu poço,
ouço
a voz do mundo.

Ainda tenho olhos p'rás estrelas,
mas, velhas,
cintilam, cansadas,
sobre tudo que as esquece.

Olho-as nos olhos.
Uma estranha energia
redobra-lhes a tristeza
que se funde em mim
como se funde em mim
como se fosse o príncipio do fim
- almas que se encontram numa prece.

Carlos Carranca
Serenata Nuclear

The Best Of

Eu tenho de responder!

03/03/2008

Rascunho

Com um "não consigo" escreves o mundo
Se me pressionas cuspo fogo
Com um "amanhã" adormeces morrendo
E hoje és mais criador que eu
Não tens material para construir uma cabana
Não foram as ideias que te adormeceram hoje
Não vou conseguir pintar-te um quadro
Não vou conseguir fazer-te o prato ideal
Não vou conseguir tocar-te um 'fá'



E não tenho de responder...

01/03/2008

Telefone

Então vou-me deixar "disto e daquilo" e escrever clarinho "que é para não haver espinhas":

Amo muito
Sou muito amada

Vou-me vestir
Vou calçar uns ténis a cair de podre
Vou comer qualquer coisa
Vou apanhar o auto-charro carro o que quiserem
Vou ver as bernardas
Vou ao ensaio das mangeronas e dos alecrins
Vou voltar para casa

Assim penso que não há dúvidas...

Mas eu não quero nada disto:

Acordo e percebo que o meu pai quer falar comigo, então vou pisando preguiça pelo corredor e atendo o telefone, e qual não é o meu espanto quando percebo que a voz do meu pai se assemelha muitas vezes à de um desconhecido... Cheguei a conclusão de que quanto mais o ouvisse a explicar como é que funciona o seguro do meu telemóvel menos desconhecido ele se ia tornando, tanto que me lembrei de quando ele me ensinava a rezar quando me ia aconchegar à cama como o pais fazem aos filhos nos filmes de domingo....

É outro tipo de saudades...

O meu filme favorito.


(...)Ele: Convenceram-me a ir ao McDonald's. Estou enjoado...
Ela: Conseguiste fazer com que eu nunca mais quisesse Mcdonald's, é realmente horrível.
E sabes uma coisa?
Ele: Diz, amor.
Ela: Prepara-te para seres mais amado que nunca porque tens de receber presentes de amor recompensas de alguns martírios e vais recebe-los das maneiras mais bonitas que existem nesta realidade...Eu Amo-te e isso é algo que me faz sentir A mulher, aconteça o que acontecer...não te vês livre do meu carinho.
Amo-te.
Ele: Obrigado, amor. Estou mesmo a precisar.
Ela: Eu estou aqui não é por acaso... É para te fazer sentir valer a pena. É para te fazer viver mais forte que qualquer um... E para te mimar muito. Sou a mulher mais orgulhosa deste mundo.
Ele: Então, porquê amor? Eu continuo a ser o mesmo.
Ela: porquê o quê?
Volto já amor vou só beber um café ali da minha mãe... Volto já mas vai falando amor.
Ele: Porque é que aconteceu essa mudança súbita, sei que sempre gostaste de mim, mas nunca te declaraste de tal forma. Eu continuo a mesma pessoa... A diferença é que já passou mais tempo e já me conheces melhor.
Ela: Já cá estou!
Não é mudança é um aumento... Amo-te cada vez mais... Com muita calma e muito carinho.
Ele: Sim, amor. Com muita serenidade. Se te deixares dominar pela emoção, não vais aguentar por muito tempo. O teu corpo não está preparado para isso
Ela: Sim...sou tão tua amiga...por isso é que te digo que é para o que vá acontecer e... Aconteça o que acontecer... Descansa. Não e demasiado...Não é pra te comprometer.
Ele: A imagem de uma esperança eterna pode levar ao desespero.
Ela: Não me interpretes mal amor.
Ele: Eu gosto de estar comprometido e estar desesperado. Adoro o extremo das emoções.
Não sei é se aguentas, amor.
Ela: Aguento sim amor... Nem se chama aguentar!
Ele: Ainda por cima nos dias que correm - que temos de admitir que já tiveste melhores.
Ela: É algo do tamanho do que sinto...muita calma. É uma fase mas nada se deve a ti, pelo contrario! Pensava que ia passar por pior pela distância...Mas isto sé me tem feito bem acredita! Estás tão perto sem saberes. Não sofro por ti, nunca sofri.. Se sofresse não queria.
Ele: Percebo-te, então.
Ela: A saudade e algo tão bonito é um símbolo perfeito daquilo que vivemos que e tão digno, tão elevado.
Ele: Estou a sentir-te.
Ela: Por isso a saudade não me faz sofrer, faz-me perceber a dimensão daquilo que vivemos. Faz-me preservar-te muito...Ter estima por ti.
Ele: Ouça lá, actriz em ascensão, já escrevia sobre isso...(...)

28/02/2008

"Para se ser ateu tem de se estar preparado para morrer todos os dias."


Escreve-se e vai-se escrevendo sem intensões de que tudo faça algum sentido para ti. O que é que certas frases te fazem sentir?

Depois o meu pensamento anda muito rápido e confuso, e agradeço-te a ti por me ajudares. Quando te for solicitar novamente só espero que não te importes de tomar um banho.

Um dia vais ser abandonado... E não te sei dizer onde e com quem, ainda é muito cedo.

Estás nervoso e tenso, e ao mesmo tempo estás como uma puta bêbeda.

Queres revolucionar comigo? Sim, claro... Aliaste comigo à loucura, e ao mundo mole como papas, com cortinados de cobras que ora se vão encolhendo ora se vão esticando. Gostas de ler pedaços de suicídio, e pedaços de sexo selvagem. Conheceste a mulher nojenta joelhos e sabes o que é o dadaísmo. Ficaste a saber que o amor sabe a mel, e não a chocolate como todos dizem. Cresces e amarrotaste porque vives num universo de filmes e livros para ler, de papéis que por vezes se elevam mais que tu, porque tu estás cheio de cefaleias de inutilidade, de canetas de insanidade mental. No fundo ficaste a saber que não existe morte nem vida, existe um todo que não tem nome como tu... Tu tens nomes, e vergonha, tens ninharias e saúde, tens homossexuais a fumar e comboios a passar, tens uma cama individual com uma estrutura estranha e alta de mais para mim e viste que a filmagem foi apagada...Conheces dois órgãos, quando tu não és um órgão e sim um organismo, um universo, um sistema de despejo malfadado.

"Agora vamos às atrocidades(...)"

Nem o arfar nem as paredes vaginais arranhadas de vergonha nem os dedos do homem imundo nem o sangue e os soluços

Aquelas sabrinas brancas percorrem sempre o mesmo percurso.



25/02/2008

A Receita

"É simples prima... Repara: Só tens de pegar na droga basta tirares um "picasito" aproveitas o filtro do cigarro para não queimares os dedos, colas com saliva o "pica" ao filtro, e derretes devagarinho com jeitinho que é para não fumares aí uns pedregulhos, que isso dá moca com muita força mas depois passa-te que é um instante! O truque é ter a sopinha bem feita! Tens de misturar bem com o tabaco tira as folhinhas grandes de mais que aparecerem do cigarro... O lençol de arroz, isso vá...'tás a ver como tens jeitinho... É de família! ói! Rápido não deixes cair isso, que um bom drogado é um drogado poupadinho! Filtrinho a postos? Fizeste muito aberto pá! Pronto, mete a unha para ajudar a entalar bem isso...pronto! Gira lá isso que eu sou mais velho!"

"Mas isso é uma vergonha! Eu ligava logo à polícia ou para o SOS Vítima! Mas queres que vá aí? mas oh mulher eu fico preocupada a noite toda, larga-o, deixa-o a pagar a renda sozinho caraças! Tu não podes deixar que ele te faça isso! Onde é que anda o teu filho? Não admira... nem eu te quero ver com um olho negro...um marido assim? Não podes admitir isso..."

24/02/2008

Inútil

É como espancarem o teu cão à tua frente.

19/02/2008

Mansão

Sai da banheira, salpica o chão porque não existem toalhas; nem para se secar existem toalhas à disposição.
Vai para a varanda da grande casa de banho secar-se ao sol.
De corpo peludo e desidratado fuma um cigarro de mentol à varanda enquanto seca, mostrando-se a uma das ruas principais de Roma... totalmente nua...observa as motas a passar .
Para além dos cigarros horríveis de mentol, só existe à disposição um frasco.
Espalha então o óleo de amêndoas doces pelo corpo.
Lambe agora o espelho como se o estivesse a fazer no membro dele...

18/02/2008

Conheces esta com certeza...

Jesus uma vez disse:

“Se te baterem na face direita, oferece a esquerda”.

17/02/2008

Ferro

Encontro-me no melhor lugar
Num banco de estação de comboios
Entregue a mais uns pensamentos misturados
Como palavras soltas num saco de veludo
Encontro-me no melhor lugar
Neste mundo sou livre de escrever o que quiser
Tremo de frio, mas este é sem dúvida o melhor lugar do mundo
Ouço carros que deslizam em poças
Porque hoje chove a cântaros
E o frio deste banco arrefece-me por dentro
arrefece a dôr que tenho na perna esquerda
Já não há nada a acrescentar num mundo que fuma
Que negros são estes que têem tanto a dizer num mundo com pulmões podres prestes a assassinar-lhes a eles e a mim por vingança
Os olhos pesam-me, a barriga dói...não tanto quanto a perna
Mas este continua a ser sem dúvida o melhor lugar
Em que o tempo já não importa
Importam sim as estações terminais como Sintra
Importam as duas pessoas que amavelmente me pedem para esclarecer dúvidas acerca disso
Merecem então pessoas como estas serem assassinadas?
São pessoas que reparam na minha presença enquanto ocupante de um lugar no mundo como mulher, e por isso já sou levada a sério, porque confiaram nas minhas afirmações
Posso então dizer que sou uma mulher ("minha senhora, sabe me dizer(...)") com frio no traseiro que aceita dores, e frio na ponta dos dedos, mas que não se aceita por vezes, que não aceita a invisiblidade de multidões, prestes a serem assacinados por medo de se dirigirem uns aos outros.
Este é o melhor lugar, faz frio no traseiro, mas continua a ser o melhor lugar.

15/02/2008

Sapatos Pretos

Arrasta-te mulher miserável

Arrasta-te de joelhos

Faz-me sofrer a mim
E ao riso do mundo

Puta sofredora

Faz sexo com o sacrifício

Não rezas nunca rezaste
Tejoleira absurda

Amo-te mulher miserável louca Sã

Rodapé de nojo

Corpo

Experiência de lugar

12/02/2008

Bloco

Ninguém nota, ninguém repara. Ninguém vê ninguém. Ninguém tem olhos atentos e os ouvidos despertos. Ninguém ama.

Ele, individual, único, sozinho, à parte, diferente dos corpos alinhados um a um de milhares de filas de estátuas humanas a respirar, diferente daquela multidão de cegos, de surdos...Ele...procura. Ele está perdido. Ele está calado porém com vómitos de socorros sem fim dentro de si.

Não existem mais forças, nem saídas. Não há vida... O que se entende por vida é O Vazio. Não existe vontade... Nem boa, nem má.

Ele é um ser pensante, errante, move-se para o nada... Espera encontrar a meta.

São estátuas que respiram que se aglomeram com força umas contra as outras. Os corpos estão com medo, e não sobra espaço nem para uma agulha entre eles. São caras sem expressão. Ninguém anda, estão vazios até às entranhas. São tristes porém não sabem que o são, são tristes porque são vazios. Estão aterrorizados, por isso não se afastam... Estão quase colados esses corpos ocos. Ninguém se olha...Falta coragem, mas nem isso eles sabem o que é. Ninguém se toca...só estão juntos por medo, mas ninguém se toca.

Ele cheira mal, cheira a um suor intenso de cansaço sem fim. Um grito...Conseguiu vomitar! Ele não percebe porque é que é o único a vomitar... Nem mais uma excressão senão a sua que é de socorro.

Os corpos juntam-se sem se tocarem nunca... Juntam-se como formigas num carreiro, mas não se movem.

Ele pede para montar a serpente. Ele quer ouvir o "grito da borbuleta". ele desiste de forçar passagem entre os corpos cegos e surdos. Ele vomita uma dôr aguda num grito estridente.

Milhares de pés esmagam-lhe agora os ossos.
"O grito da borbuleta"...ele ouviu "O grito da borbuleta".

Ninguém montará a serpente.

11/02/2008

10/02/2008

Cuidar

Existem outras palavras para definirem isto,
mas eu não lhes reconheço valor suficiente para servirem a isto.
Não é como com 'Romeu e Julieta' nem como com Othello, só Desdémona se aproxima um pouco mais disto...
O Romeu morre pela Julieta, e a Julieta pelo Romeu.
Othello é envenenado de ciúme até matar quem mais ama.
Desdémona ama causas e valores, ama valentias e feitos heróicos, ama carácter e preserverança...
E assim isto é amar os teus feitos a tua valentia...

Mas esta manhã acordei com uma imagem na cabeça, e assim penetraste-me mais uma vez, mas não como te lembras. Desta vez perfuraste-me com os olhos, através do teu olhar na imagem que estava na minha cabeça, e eu estremeci.
"É algo que não se consegue controlar.": Isto.

Isto é também o meu respirar rápido irregular enquanto te lembrava esta manhã.

Sentir saudade...
Sou muito portuguesa, assim uma alfacinha,
que sente a saudade de maneira diferente.
Saber viver com a saudade é bonito.
Sentir saudade dá prazer...
Esta manhã estremeci de saudade também.

Ainda vão ser escritas as palavras mais belas,
os discursos mais bonitos,
Tiradas de prazer, que farão aqueles que se entregam estremecer.
Frases que farão chorar aqueles que acreditam que cuidar é amor.
Ainda te direi palavras da côr dos teus olhos, com sabor a mel, e assim...
Vou-te derramar no meu corpo...
Vou-te cantar sem dizer nada, vou-te cantar amor que não existe em todo o espaço real.

Acordei com vontade de me sentir 'a' mulher.
Acordei com vontade de te beber,
acordei com vontade de te servir,
de te cuidar (porque cuidar é amor),
de te perguntar,
de te dizer que isto é um Amo-te enorme.
O meu corpo quer guardar-te como alimento saudável para te cuidar.


09/02/2008

Instabilidade

Não me conheces? Natural, as pessoas levam anos a conhecerem-se.

E tu também não?
Mas tu devias conhecer-me
Afinal também não sabes quem sou
De quem foi a culpa?
Estiveste sempre quando não te chamei
Mas quando te chamo sem falar tu não ouves
Será que te esforças-te para saber como é?
Conheces a palavra estabilidade?
Eu não conheço
E agora queres que seja estável?
Desculpas?
Aonde está essa força toda?
Aonde está a tua grande coerencia?
Pareces uma criança, e ele quem é? O teu pai?
Arranja mais desculpas!
Protege mais
Inventa mais
Se tivesses mesmo as tuas invenções à tua frente...? Como seria?
Não fizeste tudo bem, cometeste grandes erros
Mas eu sou a única pessoa que não se pode queixar deles
Sou a única pessoa que não devia escrever estas palavras
Protegeste-me tanto...e agora? não sei o que é estar à mercê...
Uns vão e vêm com a maior rapidez
Mas os filhos ficam
Sou eu que vou estar de certeza no teu funeral
Fui eu que saí do teu ventre.

Cadela e gato

A dona do Risquinhas faleceu na semana passada, então decidimos acolher um gatinho de 3 meses cá para casa. Acontece que tenho uma cadela, muito mimada, caprixosa até... A reação dos dois não foi muito boa... O gato claro soprou de pêlo no ar, e a cadela ladrava feita parva. Pus o gatinho no meu quarto e fui com o cheiro do gato ter com a Nina à sala, a Nina claro, passou-se, pôs-se a ladrar, e eu ameaçei com o jornal, enfim, foi-se então meter debaixo do sofá. Passado uns minutos fui para o corredor com o Risquinhas ao colo, a cadela apareceu...ladrou...o Riscas com medo trepou pelo meu peito acima...Comecei a chorar...Tenho a marca da pata do Risquinhas na testa e um arranhão no pescoço...
Agora estão os dois na sala, o gato soprou mas a cadela já não ladra. Vamos lá ver...

Adoro animais, embora os gatos por vezes não tenham a melhor fama, mas é impossivel não gostar do Risquinhas (em breve mostro uma foto dele). Na minha opinião, a Nina precisa de saber partilhar o seu espaço com um amigo... Pronto! Agora iam-se matando...aiai

06/02/2008

muita MERDA

Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg Break a leg

São só copy pastes, mas acho que são suficientes para dares um espetáculo do $%!?*#!

São ou não são?








não...













Mas vai ser óptimo.

Amo-te