28/12/2007

Agridoce

Um dia a apatia vai-te visitar
No outro abandona-te
Se não te abandonar
Bebe sumo de limão
Bebe um sumo de limão

Renega isto e aquilo
Acolhe aquilo e isto também
O Orgulho vai-se sentar no teu colo
E depois não podes voltar atrás

Um dia a compaixão vai-te aquecer
Mas olha que te pode abandonar!
Amargou, mas tiveste açucar
Amarga sim e tu tens açucar

É o que se diz por aí
O que parece não é
O que parece não sabes bem
Se for bebe um copo de água

Não foi? Não foi e tu sabes bem
Vai ser na semana que vem!

26/12/2007

Agonia.


Bebe mais um copo de vinho, se pensas que te anima, bebe, é natal.
Não sentes fome que eu sei, mas também não vou insistir contigo para te alimentares, tens te alimentado o suficiente, o resto deixa que o coração trate disso. Não ouças mais a mesma música, não a gastes, se bem que ainda restam mais sensações para ela te oferecer. Não limpes os cabelos da escova, deixa a preguiça levar-te de novo para a cama. Não olhes mais para o relógio, não é por isso que ele vai andar mais depressa.
Não fales, sei que não te apetece dialogar. Não suspires, agonias-te e ainda vomitas.
Sai, vai beber um café. Veste uma roupa gira, arranja-te. Bebe mais água, os teus rins pedem por ela todos os dias. Ama não te arrependerás, que mal há nisso? "o resto são burocracias!". Canta. Lê. Aceita os convites para sair. hiberna o quanto baste. Ajuda-lhe. Faz um bolo. Faz a cama.

A New Messias

Perfurou-me a alma. É esta a grandiosidade dos Doors. Fabulosa interpretação.

25/12/2007

Full heart e-mail


Tentei falar contigo com o pouco saldo da minha mãe, porque precisava ouvir a tua voz... Saber se estavas a dormir, saber se não estavas a dormir, enfim...sou cusca admito!
Como pudeste reparar hoje, és fora do seio da mãe, a pessoa em quem eu confio piamente, em quem eu deposito toda a minha confiança, e que de olhos fechados acredito, e fico assim apenas acreditando em ti, acreditando naquilo que és e que te tornaste dentro do meu mundo. Não te ponho à prova, não te testo, nem ponho em questão aquilo que sentes por mim, porque confio, sem dúvida que confio. A minha autenticidade, o meu Eu por inteiro não podia deixar de estar à tua disposição, sabes bem que não... E sei que não preciso dizer isto, mas o que é facto, é que estou a precisar dizê-lo, e digo sem medo que te amo, não sinto medo de o dizer como sentia antigamente antes de te conhecer, porque este 'amo-te' é daqueles com muito respeito e admiração, daqueles que não serve só para o homem com quem eu faço amor... Amo-te para além do nosso relacionamento, para além do homem que me toca no corpo inteiro e me conhece a cada milímetro físico, amo-te só por dizeres as coisas necessárias da maneira que a tua vida te ensinou a dizer, por lutares, por passares pelas ruas e fazeres as pessoas olharem para ti e perceberem que existe mais que um rapaz charmoso e bonito em ti, que através de um olhar consegues desfazer o gelo que ronda por aí, no coração de cada um. Gosto de ti especialmente por me manteres atenta a tudo, por me pores na linha e por me amoleceres ao mesmo tempo, por me saberes levar, e mostrares-me o quanto eu devia valorizar-me mais, e isso só me faz bem.
Não sinto medo nem da maneira como começa, nem da maneira como pode acabar, porque não termina, porque já passamos pelo bom, pelo óptimo, e sei que o melhor pode vir ainda. Não me pergunto mais se é, se poderá vir a ser, porque É apenas. Percebes? Existe. Acontece. Marca.
Tenho bons concelhos para te dar se mos pedires, e recuso-me a delinear os teus planos por me sentir confortável neste estatuto de algo mais na tua vida...sabes, quase que desejava não te influenciar em nada, porque te vejo como um pássaro que está a voar finalmente, a descobrir, a descobrir...e eu no meio disso tudo, gosto de ser um ninho confortável...=) neste caso eu também sou não só um ninho como também um pássaro, mas que ainda está a aprender a fazer manobras no céu. Tenho um corpo onde te podes deitar sempre que quiseres, tenho uns olhos que não me deixam mentir, tenho a criatividade que adora aliar-se à tua... e tenho uma aterragem a fazer dia 30... =)

Bem, mas agora vou dormir, de barriga e coração cheios.

24/12/2007

Feliz natal! Menino Jesus... bla bla bla

Não vou falar do natal!
Vou vestir uma camisola azul escura de gola alta, e arder!

22/12/2007

Oco.

"Não penses muito. Pensar faz mal!"

In Alto alentejo por João Francisco

19/12/2007

PITTY






Às vezes si eu mi distraio,se eu não mi vigio um instantxi, mi transporto pra perrto dji você...
Já ví qui não posso ficá tão solta! Me vem logo aquele cheiro, que passa dji você pra mim num fluxo perrfeito.
Enquanto você converrsa e mi beija, ao mesmo tempo eu vejo as suas cores no seu olho tão dji perrto; e mi balanço djivagá como quando você me embala; o ritmo rola fáciu, pareci qui foi ensaiado.
E eu acho que eu gosto mesmo dji você!!! Bem do jeito que você é!! Eu vou equalizar você numa frequência que só a gentxi sabi!
Eu txi transforrmei nessa canção, pra poder te gravar em mim!
Adoro essa sua cara de sono, e o timbre da sua voiz, que fica me dizendo coisas tão malucaiis, e que quase me mata de rir quando tenta me convencer que eu só fiquei aqui porque nós dois somos iguais!
Até parece que você já txinha o meu manual djinstruções, porque você decifrá os meus sonhos; porque você sabe o que eu gosto, e porque quando você me abraça o mundo gira devagar!
E o tempo é só meu! E ninguém registra a cena!
Dji repentxi vira um filme todo em câmera lentááá!
E eu acho que eu gosto mesmo dji você, bem do jeito que você é!


18/12/2007

Algures no Chipre

"Boas noites! Boas noites! Queira Deus que o meu procedimento não tire o mal do mal mas que me ensine, com o mal, a ser melhor." (Desdémona)

17/12/2007

Dady, do you know me?

Vá lá...Deixa-me ir pro balett!
Ele é mau. Podes dormir comigo?
Vamos aprender a cantar uma música de natal em alemão.
Mãe ele mandou-me um papelinho a pedir-me em namoro...
não, é muito caro filha, quando a mãe puder voltas pro balett e tudo!
Não te preocupes, eu defendo-te, ele não pode fazer isso!
Não vai mais acontecer. Prometes? Prometo, o pai ama-te.
és tão velha! Pois sou! Queres fazer um penteado á tia?
É muito cabeça na lua.
"I COULD HAVE DANCED ALL NIGHT"
Teresa! Olha para a frente senão cais!
Miss palito!
o que é isto? Um sutien? para quê?
Tem de decidir entre Francês e Educação Técnologica.
"Oh mãe sobe, sobe a semanada..."
Vou fugir daqui, vou ter com a mãe! Então foge!
Para conseguires de volta um clube de teatro tens de juntar assinaturas ou assim, não sei. O ministério não quer já lhe disse!
Ele não fala português, ou aprendo a falar belga, ou contento-me cm o inglês.
Vamos mudar para a amadora filha.
NÃO QUERO NÃO QUERO E NÃO QUERO PORRA!
Pareces um pinguim amor!
Primeiro caso! Sim o latim é por casos!
Olá boa tarde. A que horas é a audição?
Não tenho tempo para nós...não estou a chorar! Estou constipada.
ROGO Á VIRGEM MARIA QUE QUEM ME FAZ ERGUER DA CAMA (...)
que se passa contigo rapariga, vê se atinas! Por agora não pretendo atinar sabes...
"Abri os olhos não consigo mais fexar assisto em silêncio aquilo que eu não quero enxergaaaar" tararan
Tem um pré ponto final.
Vou fazer o tempo andar mais depressa
Raquel, já foste lá fora? Não gozem com a minha cara!!!
Ás vezes não sei bem aquilo que quero, mas sei muito, muito bem aquilo que eu não quero! Tambem eu... perdoas o pai? És o meu pai, que remédio!

o velho o neto e o burro


Era uma vez um velhote simpático e gordinho, mas já debilitado, e um rapazinho seu neto, pequenino ainda e muito magrinho. Moravam os dois numa casa simpática no cimo de uma montanha, e só tinham um burro como companhia.
Um dia o velhote decidiu pegar no neto e ir até a cidade. Sem carroça, o velho pôs o celim no burro, e partiram os dois a pé montanha abaixo. "Com um animal e vão a pé, eu cá não desperdiçaria o celim do burro!"- Exclamou a ti Alzira que morava ali perto. O velho pegou no neto sentou-lhe no burro, e puxando o animal continuaram assim o percurso até ao centro da cidade.
Ao descerem o monte, o velho não pode deixar de ouvir os comentários de alguns pastores - "olhem-me para aquilo! O pequeno com boas pernas sentado no burro, e o coitado do velho é que vai ali a puxar, onde é que isto já se viu!". "Se calhar é melhor ser eu a puxar o burro avô!" - disse o rapaz pensando no reumático do avô. O velho relutante lá montou no burro, e o rapazinho com algum esforço ainda andou uma boa distância a puxar o animal e o velho.
Passaram por algumas lojas e mercearias, já no centro da cidade, quando se ouve uma peixeira a dizer a alto e bom som - "Velhaco do velho, a explorar o coitado do rapaz, onde é que este mundo já chegou, valha-me Deus!" - O Velho com algum sentimento de culpa por ter o netinho a puxar o burro desceu do animal, e assim subiram os dois para cima do bicho. Não obstante ainda ouviram mais burburinhos das pessoas que passavam- "Coitado do burrinho, com o gordo e com a criança em cima!" - "O que fazemos agora Pedrinho?" - O neto encolheu os ombros, mas quando deu por si já o avô estava a tentar pôr o burro ás costas. Envergonhados andaram uns metros pela rua cheia de gente, a ouvirem as pessoas a comentarem, até um rapaz pouco mais velho que Pedro gritava: "Olhem-me o maluco do velho! Ahahaha!"
"Não demos ouvidos a esta gente!"- Exclamou o velho - "Vamos a pé para casa. Tal e qual como começamos a nossa caminhada."
Uma velha que dorme e descansa na sua cama os longos anos que viveu, contou-me várias vezes esta história. Vejam se percebem a sua moral... Eu percebo-a cada vez melhor!
P.S: Agradeço à D.São minha mãe, por me relembrar alguns pormenores da história que eu já tinha esquecido.

15/12/2007

swans lake


Quando eu abri os olhos, não pude dizer que não. O universo abriu-se, e lua lá no céu riu-se, e à socapa abençoou-nos.
Estou a escrever sobre duas vidas num só coração, assim como um rio de emoção.
E os cisnes no lago vão procurando o som da guitarra sobre a ponte, e sentem saudades da objectiva da câmara fotográfica.


04/12/2007

Privilégio

Era assim, e não me desiludi, até parecia que cantava melhor do que eu mesma estava habituada, enfim, surpreendi-me a mim mesma!
Então quando o medo veio, cumprimentei-o com toda a boa educação e perguntei-lhe -Tens a certeza de que queres vir? - Ao que ele me responde - Com certeza, foi a responsabilidade que me convidou - Então sendo assim deixei-o vir comigo, mas o público assustou-o então feito cobarde, fugiu para os bastidores novamente. HAHAHAHA

03/12/2007

O TESTEMUNHO DA LOUCURA


Sentei-me após alguns minutos a ler de pé e a respirar aquele ar saturado. Incomodei três idosos passando entre duas filas de cadeiras todas juntas (para todos passarmos os viruz que nos atormentam uns aos outros, um acto de solidariedade talvez.), fi-los afastarem sacos só para me sentar, que tem? pensava que iria demorar muito mais a minha espera. Entre elfos, varinhas de sabugueiro, enfim talismãs da morte, deitava um olhar de esguelha á negra miserável que ocupava 4 cadeiras tapada com um xaile que tresandava a ovos podres e que deitada lançava alguns gemidos, (não utilizei o eufemismo, de maneira nenhuma!) contudo os meus olhos já transbordavam mas sem verter após os 5 gemidos dessa negra. "Teresa Batista para Urgência Ambulatória gabinete 3!" .
Perder tempo na descrição de umas urgências? Tanta gente que já o fez.

Fui depois disto tudo recebida com um sorriso perfeito, mas não foi o dos médicos!
É uma vontade que nunca mais acaba, e entre gargalhadas e entradas inoportunas, fui mal educada, mas por te querer só para mim, por não querer ser vista com um sorriso tão estúpido de amor, por te dizer as palavras num tom baixo e ter vontade de as gritar.

Já o Laerthes dizia: SAUDADE E PENSAMENTO REUNIDOS(...)

29/10/2007

Espero.

Wait in line
'Till your time
Ticking clock
Everyone stop
Everyone's saying different things to me
Different things to me
Everyone's saying different things to me
Different things to me
Woooohh
Do you believe
In what you see
There doesn't seem to be anybody else who agrees with
me
Do you believe
In what you see
Motionless wheel
Nothing is real
Wasting my time
In the waiting line
Do you believe in
What you see
Nine to five
Living lies
Everyday
Stealing time
Everyone's taking everything they can
Everything they can
Everyone's taking everything they can
Everything they can
Woooohh
Do you believe
In what you feel
It doesn't seem to be anybody else who agrees with me
Do you believe
In what you see
Motionless wheel
Nothing is real
Wasting my time
In the waiting line
Do you believe
In what you see
Ah and I'll shout and I'll scream
But I'd rather not have seen
And I'll hide away for another day
Do you believe
In what you see
Motionless wheel
Nothing is real
Wasting my time
In the waiting line
Do you believe
In what you see
Everyone's saying different things to me
Different things to me
Different things to me
Different things to me
Different things to me
Everyone's taking everything they can
Everything they can

25/10/2007

de Matos

herdei os teus olhos
e é com esses olhos que te admiro
Mulher cheia de coragem FORÇA preserverança.
Linda linda linda

22/10/2007

Prazer em conhecer-te

(...)gostava de vos dar violetas, mas secaram todas quando o meu pai morreu(...)

amo-te

20/10/2007

Outono

Tia Chica


Linda, e velha. Voas-te.






"Como é que eu posso ocupar o posto de amiga minha pucarruxa?" perguntaste-me tu quando eu pensava que eras eterna. Ocupas-te tantos postos na minha vida e eu nunca te disse... nunca te disse que te amo, que penso todos os dias em ti, mas tu sabes, sabes tanta coisa.


A bengala traiu-te na altura certa.






Habitua-te ao ritmo das minhas batidas cardiecas.







Minha velha, 98 anos mostraram-te tanto que quase advinhas o que virá agora, enquanto todos nós ficaremos a especular.





Francisca de Matos

19/10/2007

Cazulo

Cheira a escola primária no R/Chão, tal como no dia em que vim viver para este prédio, mas como sempre estranha-se, depois entranha-se, e já não se sente o odor como dantes. Subo as escadas perdendo o cheiro nostálgico a cada degrau que subo, agora o cheiro é diferente...Cheira a mãe, á minha mãe. O meu cansaço agarra a paz neste momento em que abro a porta, e um tufo de pelo preto corre em minha direcção para me lamber a boca, o nariz, as orelhas...e o meu rosto lava-se e livra-se de tristezas, porque lágrimas não se formam só de...enfim... não sou o Rómulo de Carvalho para saber de que se formam as lágrimas, (não tenho tubos de ensaio aqui em casa)...Fora de nostalgias: são ferros azuis, imitando o antigo com uma pintura de laivos brancos, que formando uma cama com o indispensável colchão que chamam por mim neste momento. A minha infância chama a Alice Vieira para me concluir as borradas que escrevo: "Se perguntarem por mim digam que voei".

12/10/2007

Normal.

Sou um pequeno grão de areia
Sou o canto de uma sereia e canto pra enfeitiçar
Sou uma luz no infinito
sou o sonho mais bonito... pararam...narararam...


e sonho sonhos acordados, sonhos adormecidos, sonhos acordados, sonhos adormecidos, sonhos acordados, sonhos adormecidos, sonhos acordados, sonhos adormecidos, sonhos acordados, sonhos adormecidos, sonhos acordados, sonhos adormecidos, sonhos acordados, sonhos adormecidos, sonhos acordados, sonhos adormecidos(...)o infinito incompreensível, o homem que mais sabe, nódoas negras, saudade, saudade, saudade, saudade, saudade, saudade, saudade, saudade, saudade, saudade, saudade, revolta, revolta, revolta, pena, pena, pena, pena, indiferença, indiferença, indiferença, indiferença, indiferença, carinho, carinho, compaixão, compaixão, compaixão(...)

Tudo junto num saquinho, os maus deito fora, os bons guardo para esperar mais um pouquinho.

Mas ódio não. Isso não.

20/08/2007

É.



Ela gosta de trincar a tampa da caneta, de tirar o excesso de espuma da cerveja com o dedo, de almofadas baixas, de desenhar na areia apagar e voltar a desenhar, de coçar as costas e a barriga de manhã, do cheiro a sanasol verde, de comer o miolo do pão,e de dormir de barriga para baixo.




Não gosta do cheiro a gasolina, de acordar com a almofada babada, de escrever sms's, de beber água, da gema do ovo, de frango desfiado, do papel hegienico virado para dentro, de camas com lençóis entalados, de cortar as unhas dos pés, de folhas de papel reciclado, dos óculos embaciados, e de jogos com bola.

Finalmente sei...

Os meus brincos.

16/08/2007

CTT

Não me obrigues a falar mais do que devo...
Não me obrigues a cansar a minha cabeça a procura de definições para ti...
Não me obrigues a chorar nem que seja só quando a noite chega e eu me sinto mais só...
Não me obrigues a procurar fotos e musicas que ao contrário do que eu pensei só me fizeram sentir ainda mais a tua presença do que a presença de quem eu queria...
Por favor, não me obrigues a escrever mensagens, ou textos sem sentido...
Não me obrigues a procurar em vícios prejudiciais o esquecimento...
Não me obrigues a não dormir para não sonhar...
Não me obrigues a querer dormir o dia todo para sonhar...
Não me obrigues a acordar e perceber novamente que só te tenho a ti como minha companhia!

Sim tu que para mim és uma Puta e não a Saudade previligiada pela Língua Portuguesa.

23/07/2007

Algo...

...contraditório mas que se torna inevitável.

Já não passo um dia sem estar agarrada ao telemóvel, venho aqui regularmente, perco tempo em frente a um ecrã, mas confesso que com um pouco de ousadia e de loucura, não me importava de atirar o telemóvel para o rio Tejo, e de doar o computador a uma escola ou algo do género... "Yeah right...sim Raquel, a gente finge que acredita!" diriam vocês.

Eu explico:
Assusta-me não olhar nos olhos de alguém com quem gostaria de ter uma conversa com pés e cabeça.

Assusta-me ver uma pessoa a ver televisão porque a outra esta na net a teclar freneticamente durante horas.

Assusta-me o meu vocabulário correr riscos de se tornar mais limitado ainda depois de uns aninhos a escrever sms's rápidos.

Assusta-me isso e muito mais.

22/07/2007

daaamn


right
now look into my eyes
now look deep into my eyes
and tell me what do you see
I
I can't see you cry
well just leave it behind
I think you deserve much more than this
you really are much more

fame
and the masquerade
I've gotta take my faith
got to fulfill the prophesy
smile
only for a while
my tiny crocodile
and let your lips caress your teeth


'cause when the sun goes down
you maybe facing the/your end
right
now look in my eyes
now look deep in my eyes
and tell me what do you see
I
I can't see you cry

well just leave it behind
I think you deserve much more than this
'cause when the sun goes down
you maybe facing the/your end
cronometronical
very philosophical
neo platonic love with
human criterium
enter the mysterium
center of the universe faith
'cause when the sun goes down
you maybe facing the/your end


19/07/2007

Toalha Laranja

"When I first meet candy, everything seems so beatifull", "Isso é o quê?", "Era assim que começava o filme, todos a olharem para o céu, e ele dizia isso...When I first meet Candy, que era o nome da gaja..." Deitados sob a luz do fim do dia, observamos o céu de outra perspectiva. Quatro pessoas destinas em todos os aspectos... respiramos ao mesmo ritmo, e sentimos o mundo a mover-se da mesma forma. "Se olharem para o telhado...ele desloca-se com o resto, numa velocidade diferente das nuvens.", "Elas estão a ser movidas pelo vento, a casa, a terra, nós estamos num ritmo que consegue ser mais lento...", "Que estranho! Porra! Já me desconcentrei!"...

Procuramos todos o mesmo: paz de espírito...

"oh... estamos mas é a fritar!"

15/07/2007

moonlight


Chega a noite e com ela o meu cérebro tende a reflectir com mais fluência e calma. Reflecti nas minhas atitudes para com os outros, na maneira como falo por vezes de maneira agressiva e outras vezes com calma em demasia, na minha tendência a utilizar a ironia, e no meu sentido de humor por vezes bastante negro. Lembrei-me de alguns actos irreflectidos, e de outros programados demais, enfim...coisas de filha única talvez um pouco egocêntrica. O que me agradou e por outro lado me fez duvidar da minha sanidade mental foi ter perdido bastante tempo com esta auto-avaliação, e bem... continuei com a minha maneira de achar que tudo corre como tem de correr, ás vezes sem termos de mover uma palha.
...Pensei que não me importava minimamente de adormecer e acordar no primeiro dia de aulas. Não sei se é natural, mas sinto uma urgência de procurar, conhecer, pesquisar, estudar, e depois sentir, talvez sofrer (acho que não devo ser a única neste meio a gostar deste último ponto...)enfim trabalhar fazer, fazer tudo e mais alguma coisa. Ophelia? Rainha? Julieta? não sei, seja qual for o caminho que tomar, só espero percorrer a estrada dos livros, das tardes e das noites de praia o mais rápido possível, para poder tornar as minhas suposições em actos, em gestos, em voz, em sentimento...

11/07/2007

ALONE (para variar)


Este é o meu risco roxo!

Não o pises! não é necessário!

Tens o teu, ainda por cima da tua côr!


"Porquê? O pisca pisca não fica ligado á mesma? então? Can't get your point?"


-_-


Agora queria tanto...

...ABRAÇAR A MINHA MÃE

...CANTAR

...TOMAR BANHO

...OUVIR SILÊNCIO

...ESCREVER ALGO DE JEITO

...ABRAÇAR A MINHA MÃE

...COMER UM BOM COZIDO A PORTUGUESA

...DORMIR

...ABRAÇAR A MINHA MÃE!!!!!!!!!!!!


Deviam proibir os turnos de noite.






04/07/2007

Picos


aaaaaaaaaaaaaahahahahahahahahaaaaaaaahahahaha


"Raquel pára com esse riso estúpido!"


(5 minutos...)


"hum...Diz la, o que é que tens?"


"Nada! #%!$%? Deixa-me!"

02/07/2007

Fade to black


Life it seems, will fade away
Drifting further everyday
Getting lost within myself
Nothing matters no one else
I have lost the will to live
Simply nothing more to give
There is nothing more for me
Need the end to set me free
Things are not what they used to be
Missing one inside of me
Deathly lost this can't be real
Cannot stand this hell I feel
Emptiness is filling me
To the point of agony
Growing darkness taking dawn
I was me, but now he's gone
No one but me can save myself, but it's too late.
now I can't think, think why I should even try.
Yesterday seems as though it never existed,
Death greets me warm, now I will just say goodbye


Existem coisas que me poupam a escrever sobre o que sinto...

24/06/2007

Grandes Vidas Grandes Obras


-Biografias famosas-Seleções do Reader's Digest


"Nenhum grande Homem vive em vão.

A História não é mais do que a biografia dos grandes homens."


Thomas Carlyle

19/06/2007

Após o post do Henrique

Kell disse...
Questionas isso tudo, logo estás a pensar e a reflectir, e deixa-me que te diga que as tuas ideias são bem diferentes das minhas, mas acho interessante a forma como abordas as coisas. As crianças: questionam-se sobre tudo, e para elas o mundo é uma constante interrogação. Na minha opinião devíamos todos mantermos-nos na "fase dos porquês", o conformismo não é positivo, e dentro disto diria-te muito mais, porque adoro debater estas coisas! hihihi mas já estou um pouco -)(Raquel boceja)Beijo.
19 de Junho de 2007 15:17


Henrique disse...
mas eu não disse que não pensava e que não reflectia...apenas questiono o porque e a importância disso...
19 de Junho de 2007 15:19


Kell disse...
oh I see...so...Não estamos ao mesmo nível de um animal irracional porque temos a capacidade de racicionar, exprimir as nossas ideias através do que dizemos, e do que construimos, seja através da arte, através da oratória... tudo o que dizemos vem a ter consequências, e as consequências movem o mundo, e dinamizam vidas... Se nos mantermos na ignorância, e não alimentarmos esta massa dentro da cabeça que diferença teremos de um animar irracional? Não é assustador isso? Eu não quero isso para mim. Quanto mais procurares no mundo mais encontras em ti...
19 de Junho de 2007 15:26


Henrique disse...
Pois...mas dentro dessas pessoas que morreram por causa dos seus ideias...estao aquelas que não tinham nada a dizer...e que apenas faziam o que lhes mandavam...talvez fossemos mais felizes assim. :S não sei...é apenas uma questao que eu ponho. não tou a dizer que quero ser assim! beijo
19 de Junho de 2007 15:29


KeLL disse...
Na vida existem dois caminhos: O Fácil, e o Díficil. Qual é que queres seguir?

Henrique disse...
Mau...:P eu sigo o que achar melhor...não é por ser facil ou dificil...imagina-te em mim, é-me muito facil ser aquilo que nos os dois queremos ser, nos e os restantes alunos la da escola. sabes porque...mas para ti já não é. entendes? eu quero seguir o meu caminho. não vai ser por ser facil ou dificil vai ser porque e aquilo que quero. beijo
19 de Junho de 2007 15:34


KeLL disse...

Eu acredito nas coisas de uma maneira diferente. hehebye bye =D
19 de Junho de 2007 15:36


19 de Junho de 2007 15:31



Coisas de quem não tem mais nada para postar lol

17/06/2007

Life is Wonderful




It takes a crane to build a crane
It takes two floors to make a story
It takes an egg to make a hen
It takes a hen to make an egg
There is no end to what I'm saying


It takes a thought to make a word
And it takes a word to make an action
It takes some work to make it work
It takes some good to make it hurt
It takes some bad for satisfaction


La la la la la la la life is wonderful
Ah la la la la la la life is full circle
Ah la la la la la la life is wonderful
Al la la la la

It takes a night to make it dawn
And it takes a day to you yawn brother
It takes some old to make you young
It takes some cold to know the sun
It takes the one to have the other


It takes no time to fall in love
But it takes you years to know what love is
It takes some fears to make you trust
It takes those tears to make it rust
It takes some dust to have it polished


Ha la la la la la la life is wonderful
Ah la la la la la la life is full circle
Ah la la la la la la life is wonderful
Ah la la la la la la life is soooooo rough


It takes some silence to make sound
It takes a loss before you found it
It takes a road to go nowhere
It takes a toll to make you care
It takes a hole to make a mountain


Ah la la la la la la life is wonderful
Ah la la la la la la life is full circle
Ah la la la la la la life is wonderful
Ah la la la la la la life is meaningful
Ah la la la la la la life is wonderful
Ah la la la la la la life is sooooo rough
Is soooo meaningful


Jason Mraz

08/06/2007

It's just a phase

A sensação é esta: O mundo acabou, não há hipótese alguma de tudo voltar a ser como era.
Eu digo-te o seguinte: A vida flui. Flui exactamente como deve fluir, e tudo surge e acontece como deve acontecer. Parece-te um absurdo tenho a certeza, mas só porque uma nuvem negra decidiu fazer uma travessia através da tua alma. A travessia parece-te estar a ser demasiado longa? Pois é, o vento não está a ajudar no seu percurso, mas ao mesmo tempo o teu coração constrói uma carapaça de coragem e força, porque esta não será a única nuvem que atravessará o teu íntimo. Essa carapaça chama-se: Maturidade. Agradece a todos aqueles momentos pelos quais desejarias agora poder ter evitado, mesmo que te encontres sozinha, sem ninguém para te agarrar. Conta pelos dedos das tuas mãos cada suspiro de tristeza ou de cumplicidade, ou de compreensão que tiveram para contigo.

Eu suspiro meu anjo.

07/06/2007

mess

Uma caixa de óculos, uma carteira, um telemóvel, as chaves, lenços de papel, dois dvd's, um livro, um microfone, canetas, um dicionário inglês-português espalhados num espaço extremamente pequeno junto deste ecrã de computador. A cama por fazer, um chinelo longe do seu par no chão, o coelho de peluxe caído em cima do aquecedor, a viola tombada, um amontuado de roupa na cadeira. TOCA A MEXER RAQUEL!

01/06/2007

Futilidade

Aptece-me comprar

Um telemóvel novo
Uns all stars novos
Uns vans
Uns adidas
Bikinis
Havaianas
Tops
Calças
Vá... A PEPE JEANS INTEIRA
Um perfume novo
Comprar uns livros (farta de ler os mesmos)
Um hipod
Um portatil
Alugar um espaço e fazer uma festarola
Jantar no pasta café
Esfoliante
Maquiagem
Ir ao cabeleireiro

Mas sou pobre...

E sabem que mais? Estou bem assim.

(Sou vitima de uma sociedade consumista buaaaaaaaaaahh!!!)

28/05/2007

Leonor

“Porquê?” pensou ela quando sentia a garganta inchar, como se esta lhe impedisse de respirar normalmente. Os pensamentos desordenados insistiam em confundir ainda mais a sua cabeça cansada e farta de procurar.
Já não era a primeira vez que tal que lhe acontecia. Desde que se lembrava existir, um vazio visitava-lhe o íntimo, e admiravelmente este vazio, sendo vazio de todo, conseguia na maioria das vezes ocupar bastante espaço. Era como uma bolsa de ar, um balão de angústia, um saco cheio de medo, ou até mesmo uma cápsula de insegurança que ocupavam o seu interior. Uma Rapariga de personalidade forte, mas mesmo assim frágil, apreciadora das coisas mais simples, e sonhadora de natureza, vagueava por um terreno cheio de tudo e de nada, tal como ela se sentia naquele momento, cheia de tudo e de nada. O Terreno podia estar cheio de flores e verduras, mas estava vazio de significados e lembranças, e ela, encontrava-se cheia de sentimentos e fantasias, mas vazia de palavras. Lembrou-se dos rios de lágrimas que havia derramado dias e dias, intercalados por fumo que amarelavam os cortinados do seu quarto e músicas de êxtase que lhe moviam o corpo. Lembrou-se de beijos quentes e toques suaves, de um olhar doce, de uma voz calmante, lembrou-se da música perfeita, lembrou-se de tudo quanto achava que lhe fazia bem á alma, mas para seu desgosto, nem a bolsa de ar, nem o balão de angústia, nem a cápsula de insegurança lhe largaram o peito. Finalmente lembrou-se de observar com mais atenção ainda o terreno em sua volta. “Observa tudo o que está a tua volta como se fosse a primeira vez”, tinha lido esta frase algures, e ao lembrar-se dela uma réstia de calor lhe acalmou por segundos o coração. Sentiu-se insensível á natureza que nunca lhe cativara especialmente, talvez por não compreender o seu ponto de vista, mal explorado e estranhamente bizarro. Olhou então no vazio, e tentou sentir, sentir apenas, porque a apatia nestas alturas espreitava-lhe por cima do ombro, e o abstracto confuso sussurrava-lhe aos ouvidos.
Sentia-se fatigada. Deitou-se então na relva húmida, e pensou que toda a calmaria que pairava sobre terreno, não lhe estava a reconfortar, apenas acentuava a solidão que prometera á sua vida uma eterna estadia.
Sabia que não precisava de desabafar, mas sim de gritar até a sua garganta sangrar. A Rapariga então levantou-se de rompante mas ao fechar os punhos e os olhos com força, esperando um grito de socorro, a única coisa que conseguiu reproduzir tinha sido um guincho quase mudo, rouco, medroso e cobarde.
“É o fim.” Pensou ela enquanto corria pelo campo fora. As suas pernas corriam, mas ela não sabia para onde estas lhe levavam, tentou desobedecer aos seus membros inferiores mas não lhe valeu de nada. As suas pernas subiam agora pelas escadas da casa dos seus avós, e as pernas só lhe obedeceram finalmente, quando chegou á casa de banho do seu quarto. Olhou-se ao espelho e observou os seus olhos verdes, o cabelo desalinhado e o suor que lhe escorria pela testa. Não se reconheceu por instantes, e quase se assustou com a rapariga quase mulher que arfava á sua frente, mas logo a seguir reconheceu a menina desesperada que lhe pedia ajuda sem falar através do espelho. “É o fim.” Disse novamente ela, enquanto estancava o sangue nos pulsos, e chorava compulsivamente. Olhou-se uma última vez ao espelho, e ao mesmo tempo vislumbrou a imagem da sua irmã gémea. “Acabou-se a solidão Leonor…”
Aqui jaz Teresa abraçada á sua irmã Leonor.

22/05/2007

Café

Cuidado! - Gritou Sara - Olha o café estava a ferver Vera! – Hum, sou eu Sara…- respondeu o rapaz enquanto procurava um lenço para limpar a mão de rapariga - Desculpa para a próxima tomo mais atenção! – disse Francisco olhando para Sara como se fosse a primeira vez – Apanhas o autocarro a que horas miúda?Seis e meia talvez… - respondeu Sara.
Não acredito! O Hemingway também é um dos meus autores favoritos– Responde Sara numa gargalhada contagiante. Toma este Livro Sara, não é do Hemingway mas não deixa de ser muito bom, acho que vais adorar! Obrigada! – respondeu ela – Sabes que adoro ler…hum…Alta vigilância, obrigada mesmo! – De nada! – despediu-se de Sara com dois beijinhos, e seguiu caminho.
Chegando a casa, depois de tomar um banho refrescante, Sara pegou no livro e iniciou a sua leitura. Francisco estava mais simpático, mas o seu ar galanteador nunca lhe agradara.
Põe a mesa filho! – exclamou a mãe de Francisco da cozinha assim que ele chegou. – Calma deixa-me ir num instante a casa de banho! – Lavou a cara e ao olhar-se ao espelho reparou que os seus olhos negros estavam estranhamento brilhantes, as faces mais rosadas que do que era costume, e os seus lábios carnudos pela primeira vez na vida lhe pareceram bonitos. – Que se passa contigo Chico? Han? Diz lá! – Perguntou ele ao seu reflexo no espelho. Francisco colocou os talheres e os pratos na mesa da sala de jantar e os guardanapos dobrou-os de forma a enfeitarem os copos. A lasanha agradava a todos os elementos da família, incluindo o pai de Chico, que na maioria das vezes pedia um bife mal passado. – Então Chico perdes-te o piu? – perguntou a irmã com uma expressão de troça. – Maria, e que tal relaxares as hormonas? - Francisco!!! – Exclamou a Mãe em alto e bom som, enquanto Chico se ria despreocupadamente. Pronto já cá não está quem falou! – Respondeu Maria deixando a mesa sem pedir licença. Francisco estava a menos de cinco minutos, deitado com as mãos atrás da cabeça, quando Paula, sua mãe entra no quarto com um copo de leite na mão. – Toma filho. Gostava de ter uma conversa contigo. – Sou todo ouvidos. – Respondeu Chico dando um pequeno golo no leite morno e doce.Que se passa contigo bebé?Não me trates assim mãe! – Não agradava nada a Chico quando a mãe se tornava demasiadamente carinhosa. – Nada. Simplesmente estou feliz, tenho tirado boas notas, o que é raro…e estava aqui a pensar: Não te sentes pequena se pensares que Deus não existe, ou melhor, não te sentes poderosa se pensares que és uma parte de Deus? - Não comeces com as tuas conversas filosóficas! Tens a certeza que é só isso?Claro que sim mãe, não te armes em santo António casamenteiro novamente! – Responde Chico em tom de brincadeira. - Ok chiquinho, não te chateio mais. – Paula fechou a porta com um sorriso, e Chico pensou mais uma vez na menina do sorriso lindo, como ele se atrevera a chamar Sara na sua última "sms" de boa noite.
Sara foi a primeira pessoa que Chico viu na manhã seguinte, porém não da forma que gostaria de ver. Lá estava ela a falar sorridente e aparentemente feliz com o seu colega Afonso. Bom dia Sara! – exclamou Francisco, fingindo ignorar Afonso que lhe acenou em vão.
Porque é que o ignoras-te? – Perguntou Sara de cara séria a Francisco que comia um gelado fazendo-se parecer despreocupado – Passou despercebido miúda, que é queres? – Francisco não queria fazer notar o seu coração que batia descompassadamente, enquanto ele observava o cabelo negro de Sara que nesse dia estava surpreendentemente mais brilhante e bonito.
Gosta de ti! Mas…Oh Sara não tens de fazer um filme com isso, és uma miúda bonita, inteligente, culta, não és fútil. Conhecendo o Chico como eu conheço, ele deve estar farto de “morangadas”, e talvez esteja interessado numa relação séria. Não menosprezes os sentimentos do rapaz! – Exclamou Íris arregalando os olhos, depois de Sara lhe contar a nova atitude de Chico. Achas que deva falar com ele? – Questionou Sara, enquanto pegava no telemóvel – olha! Outra mensagem dele! – Exclamou. Não sei…- Respondeu Íris. – Talvez…mas tem cuidado, fala coerentemente, não te arrisques a perder uma amizade de anos.
Sim é verdade Sara, sinto algo que nunca senti antes…- Francisco ainda não estava a acreditar que Sara acabara de descobrir o seu recente sentimento em relação a ela. Eu não vou mudar de atitude perante a tua amizade Chico, só queria confirmar! – Exclamou Sara constrangida com o embaraço do rapaz. Eu sei, por isso é que fui sincero contigo! – retorquiu ele.
Passaram-se meses, e apesar da conversa entre Sara e Chico ter sido extremamente sincera e leal, a relação de amizade dos dois não voltou a ser a mesma. Afastaram-se ambos, e assim Francisco sentiu a “paixoneta” por Sara arrefecer gradualmente.
Chegaram finalmente as férias de Verão, e Sara estava radiante com a notícia dos pais:
Férias na Austrália? Uau mãe!
E assim se passaram duas semanas inesquecíveis na companhia dos pais, que lhe deixavam passear pelo hotel á noite. Sara adorava as noites de Karaoke, e a facilidade com que havia feito novos amigos ajudara-lhe imenso a passar as melhores férias da sua vida. Bryan, o rapaz mais extrovertido do grupo de amigos de verão fazia-lhe lembrar Francisco, e estranhamente o seu estômago dava uma volta sempre que se lembrava do amigo. Mas o último dia tinha chegado…- Mostra o cartão do hotel ao senhor no balcão, filha.Disse o pai á rapariga que deitava distraidamente um último olhar ao hotel. Sara!!! Sara! – Era a voz de Francisco! E lá estava ele, junto da escadaria do hotel. Sara correu ao seu encontro. – Francisco? Tu aqui? – Não sabia porquê, mas a felicidade e adrenalina tinham tomado conta do seu íntimo, e com a excitação, Sara nem tinha reparado na rapariga loira que estava ao lado do rapaz. Sara, é a minha namorada, Matilde, esta é a minha amiga sara!Prazer! – responderam as duas em uníssono. Após o trio se despedir, Sara juntou-se aos pais, e abandonou o hotel.
O avião levantou voo, e os seus olhos foram invadidos pelas lágrimas de desilusão. Fui tão estúpida! – pensou ela, enquanto amachucava raivosamente o desenho que pormenorizadamente traçava durante a viagem, e que por vezes voltava a retocar. Era o rosto de Francisco que acabava de ser destruído pelas suas mãos, mas não pelo seu coração.

19/05/2007

today I'm totally happy

Mais do que harmonia, bons sentimentos concentrados num núcleo vibrante, danças frenéticas acompanhadas de boas vibrações. Sim é uma boa definição de duas horinhas e tal de calor humano, humanos que amam música e quando eu digo música é MÚSICA a sério.

Nem mais...

14/05/2007

O Pianista




Outra tema que sempre me agradou: II Guerra Mundial




E este filme "O Pianista", tornou-se O eleito. As imagens, a realidade irrecusável pelo passado, a força de viver do ser humano em circunstâncias de extrema falta de mínimas condições para sobreviver quando foge do gueto de Vársovia após a deportação de toda a sua família para os campos de concentração alemães. Um artista, sensível, apaixonado acima de tudo pela vida, observa a decadência gradual, o reflexo da guerra na sua própria pele e na daqueles que mais ama.




E se pensarmos que este não é um passado distante, é até bastante recente...


Nos dias de hoje o caminho está livre.

08/05/2007

Espinosa

Nome engraçado, pertencente a comunidade judaica, natural de Amesterdão.
Achava que dogmas rígidos e rituais exteriores mantinham o cristianismo e o judaísmo vivos, e...eu concordo plenamente, não só concordo com este aspecto como me identifiquei com todos os seus pontos de vista.
Se pensarmos que somos apenas uma partícula minúscula de toda a vida da natureza e provável que nos inquietemos com esta hipótese, mas se colocarmos um sinal igual entre a natureza e Deus talvez tudo se torne mais claro. Sim, é algo panteísta mas para mim faz todo o sentido o facto de Deus não ser alguém que criou o mundo e que está desde então junto á criação, não...Deus é o mundo. Enfim até ficava aqui a escrever mais e mais, mas os meus olhos estão neste momento a pedirem fim de expediente.

Obrigada Sofia Amundsen hihihi

27/04/2007

Sim é verdade.

É triste mas é a pura verdade.
Os erros mais graves são cometidos por toda a gente. TODA a gente. E se esse erro for cometido por alguém que se auto condena, que se auto avalia, que se auto responsabiliza a cada minuto que passa, esse erro torna-se numa tortura, num pesadelo...
E eu só quero que um certo anjo existente na terra nao levante voo nunca da minha vida. Obrigado Amiga.

08/04/2007

Em Contra-ambição II

Quero tudo, e não quero nada ao mesmo tempo. Sinto por vezes vontade de me deitar, respirar para um bom sentimento e ouvir aquela junção perfeita de notas que entraria na perfeição pelos meus ouvidos... Passa um minuto... 60 segundos... e o prazer desvanece-se por completo... Passo a desejar ardenemente uma noite de risadas acompanhada de um copo cheio de alegria.

Quando eu era pequenina, a casa dos meus pais era grande e na despensa eu tinha espaço para inventar uma série de entretenimentos, e construir sonhos idiotas próprios de uma criança de seis anos, entre todos os artefactos, o algodão servia para adaptar os sapatos de salto alto da minha mãe aos meus pés. Lá saia eu toda feliz e pomposa da dispensa, com toda uma postura de senhora, convicta que 30 anos tinham passado sobre mim. Tive uma fase em que me fartava de escrever contos, poemas, pensamentos... Enfim, poderiam até não ter grande conteúdo literário de qualidade mas aquele era o meu entretenimento na maior parte das vezes. Com o tempo a ocupação escolar tornou-se maior, e o tempo que me sobrava era preenchido pela companhia de um bom livro, ou então de um saudoso grupo de amigas. Graças a certos filmes que deveriam ter como introdução um Warning de "não façam isto em casa", convenciamo-nos de que tínhamos todas poderes sobre-naturais, que podíamos ser bruxas, cada uma com a sua característica. As sessões espirituais vistas do meu ponto de vista de hoje em dia não passavam de tentativas incendiarias na casa de cada uma...a que calhasse.
Mas contudo muitas eram os sapatos de salto alto ou os "fabulosos feitiços" para completar um dia de uma menina de seis anos, ou de uma pré-adolescente... (como as meninas de onze anos adoram ser chamadas)

E o que é que tudo o que acabei de escrever pode ter relação com a minha chamada "contra-ambição"? É que neste momento não estou com inspiração para escrever o que quer que seja, nem um poema, nem um pensamento ou algo que mesmo não possuindo conteúdo literário de qualidade seja bom de escrever, ah! E de ler... Não quero acender uma vela vermelha acreditando que encontrarei o amor da minha vida através de um feitiço, e já não tenho em meu poder uma dispensa cheia de tralha para recordar uma infância solitária, e neste momento uma simples junção de notas musicais não é aceite pelos meus ouvidos...nem pelo meu saco lacrimal...nem pelo meu coração...

Neste momento, quero tudo. . .

. . .mas não quero nada

07/04/2007

A Fuga


O Equador, oficialmente República do Equador (Espanhol: República del Ecuador) é um país da América do Sul, limitado a norte pela Colômbia, a leste e sul pelo Peru e a oeste pelo Oceano pacífico. Além do território continental, o Equador possui também as ilhas Galápagos, a cerca de 960 km do território continental, sendo o mais próximo daquelas ilhas. Seu território de 283 560 km² é cortado ao meio pela Linha do Equador. Sua capital é Quito, todavia a maior cidade e a mais importante economicamente é Guaiaquyl.


Foge rapaz.
Se fosse tão simples assim...não é?

06/04/2007

Banho (ASSUNTO MUITO INTERESSANTE) =S


Não sei se os vossos são iguais ou parecidos, mas o meu é assim, cheio de hábitos e costumes.
Primeiro tiro duas toalhas grandes, uma para o cabelo e outra para o corpo, porque desde sempre nunca gostei de usar a toalha média para o cabelo, fica sempre cabelo de fora, e com a grande sobra toalha por todos os lados e assim amarro-a como quiser e bem entender. Depois de meter as toalhas sobre o lavatório abro a torneira e espero que a água aqueça, e se for inverno a preguiça de tirar a roupa e passar frio faz-me ficar ali a mexer na água até esta me queimar, só depois com muita coragem tiro a roupa, tempero a água (a água tem de estar perto do muito muito muito quente), entro e começo por ficar imenso tempo só com o chuveiro sobre a cabeça, e normalmente nesta altura tendo sempre a cantar, se n canto penso, penso muito nesta altura(SIM EU PENSO!), depois lembro-me que a água daqui a uns anos vai ser mais valiosa que o ouro então decido espalhar finalmente o champô pelo cabelo, lavo, espalho novamente, lavo, depois o gel de banho, sim porque ao contrário de certos casos comprovados eu uso gel e champô, não uso o champô para todo o processo de higiene. Enfim... Vou tomar banho!

05/04/2007

Cadeiras de pele

Sento-me.
As cadeiras de pele fazem um certo ruído.
Uma senhora desliga o telemóvel enquanto outra mais à frente acena a alguém lá atrás, enquanto o senhor que está ao lado olha atentamente para o tecto, uma menina ruiva tosse compulsivamente até ao espectáculo começar, e durante o espectáculo mais tosses de cão acompanham os actores, numa sinfonia constante. Abstraio-me. Os olhos atentos absorvem gestos e palavras, algumas pessoas segredam piadinhas ao parceiro do lado enquanto decorre a mudança de cena, outras preferem guardar as piadas mas mesmo assim aproveitam para mandar um sms. O espectáculo tem um intervalo de quinze minutos, as pessoas saem lentamente, algumas pensativas, outras tiram o cigarro da mala, esquecem-se da tosse compulsiva. O espectáculo recomeça, o alcatrão faz cocegas constantes nas gargantas de alguns, as tosses invadem a sala mais uma vez, as lágrimas balançam nos olhos de uma idosa bem vestida, mas o alívio cómico provoca-lhe uma gargalhada bastante sonora e exagerada. O espectáculo acaba, alguns temem levantar-se para não serem os únicos. Eu levanto-me na companhia de alguns destemidos, a plateia completa está de pé.

A sociedade está com medo de sentir.

04/04/2007

Não te odeio.

Já não espero que toques á campainha, nem sequer que tragas pipocas para vermos um filme no meio dos lençóis térmicos, com os estoures a proibir que a luz que despertava os nossos olhos entrasse pela janela. Já não fexo a porta do teu carro com força de mais nem com leveza de menos, já não canto enquanto conduzes porque o rádio ainda estava na loja à tua espera. Já não insisto contigo para imitares os que nasceram com síndroma de down, já não me vez a rir desalmadamente até aquele ponto em que dizias "e parar Raquel?", ou "estás-me a ver a rir dessa maneira por acaso?". Já não vamos comer travesseiros a Sintra, já não me tiras o cisco do olho com soro, já não te pego ao colo, já não me pegas ao colo, já não vamos ao teatro, já não vamos ao cinema, já não vamos ao chinês, já não vamos ao israelita, já não vamos aos sundays de chocolate, já não vamos beber cerveja, já não vamos beber o my sumo, já não me proíbes de fumar, já não te digo para dançares mais devagar, já não te digo para dançares mais depressa, já não me esperas a porta da casa de banho, já não te obrigo a comer mais, já não te pergunto se bebes vinho ao jantar, já não te peço para largares o Ogame, já não te meto neskuik no nariz, já não me metes neskuik na testa, já não te escolho o Polo, já não uso mini saia, já não metes o rolo por baixo da almofada, já não te acendo o esquentador para tomares banho de manhã...
E o mais irónico disto tudo, é que vamos continuar a comer travesseiros de Sintra, a imitar os que nascem com síndroma de down, a beber cerveja, a beber vinho ao jantar, a dançar depressa demais, a dançar devagar demais, eu vou fumar, tu vais conduzir e fechar a porta com força, sim vamos continuar, nem que seja só numa viagem de lembranças.
E apesar de tudo não me arrependo de nada, nem do que fiz de menos nem do que diz demais, porque já está lá atrás, num sítio que nunca mais vamos conseguir alcançar mesmo que estiquemos o braço até ao máximo para concertar o relógio que parou na nossa última chamada telefónica.
Tenho um novo relógio invisível em tempo certo no meu pulso.

Obrigada.

03/04/2007

Em Contra-ambição


Por vezes não sei bem o que quero, mas sei muito bem até aquilo que eu não quero.

Por vezes posso estar confusa e em baixo, sem saber o que quero, mas é nestas alturas em que ganhamos certezas daquilo que não queremos...


Não quero esperar

Não quero ter incertezas

Não quero inseguranças


E acima de tudo não quero SOFRER...


Não quero sofrer mais, embora saiba que ainda vou sofrer muito nesta longa jornada que é a vida, mas por favor! Eu só quero um intervalo...


01/04/2007

PRETEND NIGHT II (um cheirinho)

Primeira montagem deste grande envento.
Ah e...JESUIS ME SALVOU!

29/03/2007

Para uma menina que MERECE!




then u'll see! (she don't know anything about this hihihi)

A Waltz For a Night
Julie Delpy
Composição: Julie Delpy


Let me sing you a waltz
Out of nowhere, out of my thoughts
Let me sing you a waltz
About this one night stand

You were for me that night
Everything I always dreamt of in life
But now you're gone
All the way to your island of rain

It was for you just a one night thing
But you were much more to me
Just so you know

I hear rumors about you
About all the bad things you do
But when we were together alone
You didn't seem like a player at all

I don't care what they say
I know what you meant for me that day
I just wanted another try
I just wanted another night
Even if it doesn't seem quite right
You meant for me much more
Than anyone I've met before

One single night with you little Jesse
Is worth a thousand with anybody

I have no bitterness, my sweet
I'll never forget this one night thing
Even tomorrow, another arms
My heart will stay yours until I die

Let me sing you a waltz
Out of nowhere, out of my blues
Let me sing you a waltz
About this lovely one night stand