27/04/2007

Sim é verdade.

É triste mas é a pura verdade.
Os erros mais graves são cometidos por toda a gente. TODA a gente. E se esse erro for cometido por alguém que se auto condena, que se auto avalia, que se auto responsabiliza a cada minuto que passa, esse erro torna-se numa tortura, num pesadelo...
E eu só quero que um certo anjo existente na terra nao levante voo nunca da minha vida. Obrigado Amiga.

08/04/2007

Em Contra-ambição II

Quero tudo, e não quero nada ao mesmo tempo. Sinto por vezes vontade de me deitar, respirar para um bom sentimento e ouvir aquela junção perfeita de notas que entraria na perfeição pelos meus ouvidos... Passa um minuto... 60 segundos... e o prazer desvanece-se por completo... Passo a desejar ardenemente uma noite de risadas acompanhada de um copo cheio de alegria.

Quando eu era pequenina, a casa dos meus pais era grande e na despensa eu tinha espaço para inventar uma série de entretenimentos, e construir sonhos idiotas próprios de uma criança de seis anos, entre todos os artefactos, o algodão servia para adaptar os sapatos de salto alto da minha mãe aos meus pés. Lá saia eu toda feliz e pomposa da dispensa, com toda uma postura de senhora, convicta que 30 anos tinham passado sobre mim. Tive uma fase em que me fartava de escrever contos, poemas, pensamentos... Enfim, poderiam até não ter grande conteúdo literário de qualidade mas aquele era o meu entretenimento na maior parte das vezes. Com o tempo a ocupação escolar tornou-se maior, e o tempo que me sobrava era preenchido pela companhia de um bom livro, ou então de um saudoso grupo de amigas. Graças a certos filmes que deveriam ter como introdução um Warning de "não façam isto em casa", convenciamo-nos de que tínhamos todas poderes sobre-naturais, que podíamos ser bruxas, cada uma com a sua característica. As sessões espirituais vistas do meu ponto de vista de hoje em dia não passavam de tentativas incendiarias na casa de cada uma...a que calhasse.
Mas contudo muitas eram os sapatos de salto alto ou os "fabulosos feitiços" para completar um dia de uma menina de seis anos, ou de uma pré-adolescente... (como as meninas de onze anos adoram ser chamadas)

E o que é que tudo o que acabei de escrever pode ter relação com a minha chamada "contra-ambição"? É que neste momento não estou com inspiração para escrever o que quer que seja, nem um poema, nem um pensamento ou algo que mesmo não possuindo conteúdo literário de qualidade seja bom de escrever, ah! E de ler... Não quero acender uma vela vermelha acreditando que encontrarei o amor da minha vida através de um feitiço, e já não tenho em meu poder uma dispensa cheia de tralha para recordar uma infância solitária, e neste momento uma simples junção de notas musicais não é aceite pelos meus ouvidos...nem pelo meu saco lacrimal...nem pelo meu coração...

Neste momento, quero tudo. . .

. . .mas não quero nada

07/04/2007

A Fuga


O Equador, oficialmente República do Equador (Espanhol: República del Ecuador) é um país da América do Sul, limitado a norte pela Colômbia, a leste e sul pelo Peru e a oeste pelo Oceano pacífico. Além do território continental, o Equador possui também as ilhas Galápagos, a cerca de 960 km do território continental, sendo o mais próximo daquelas ilhas. Seu território de 283 560 km² é cortado ao meio pela Linha do Equador. Sua capital é Quito, todavia a maior cidade e a mais importante economicamente é Guaiaquyl.


Foge rapaz.
Se fosse tão simples assim...não é?

06/04/2007

Banho (ASSUNTO MUITO INTERESSANTE) =S


Não sei se os vossos são iguais ou parecidos, mas o meu é assim, cheio de hábitos e costumes.
Primeiro tiro duas toalhas grandes, uma para o cabelo e outra para o corpo, porque desde sempre nunca gostei de usar a toalha média para o cabelo, fica sempre cabelo de fora, e com a grande sobra toalha por todos os lados e assim amarro-a como quiser e bem entender. Depois de meter as toalhas sobre o lavatório abro a torneira e espero que a água aqueça, e se for inverno a preguiça de tirar a roupa e passar frio faz-me ficar ali a mexer na água até esta me queimar, só depois com muita coragem tiro a roupa, tempero a água (a água tem de estar perto do muito muito muito quente), entro e começo por ficar imenso tempo só com o chuveiro sobre a cabeça, e normalmente nesta altura tendo sempre a cantar, se n canto penso, penso muito nesta altura(SIM EU PENSO!), depois lembro-me que a água daqui a uns anos vai ser mais valiosa que o ouro então decido espalhar finalmente o champô pelo cabelo, lavo, espalho novamente, lavo, depois o gel de banho, sim porque ao contrário de certos casos comprovados eu uso gel e champô, não uso o champô para todo o processo de higiene. Enfim... Vou tomar banho!

05/04/2007

Cadeiras de pele

Sento-me.
As cadeiras de pele fazem um certo ruído.
Uma senhora desliga o telemóvel enquanto outra mais à frente acena a alguém lá atrás, enquanto o senhor que está ao lado olha atentamente para o tecto, uma menina ruiva tosse compulsivamente até ao espectáculo começar, e durante o espectáculo mais tosses de cão acompanham os actores, numa sinfonia constante. Abstraio-me. Os olhos atentos absorvem gestos e palavras, algumas pessoas segredam piadinhas ao parceiro do lado enquanto decorre a mudança de cena, outras preferem guardar as piadas mas mesmo assim aproveitam para mandar um sms. O espectáculo tem um intervalo de quinze minutos, as pessoas saem lentamente, algumas pensativas, outras tiram o cigarro da mala, esquecem-se da tosse compulsiva. O espectáculo recomeça, o alcatrão faz cocegas constantes nas gargantas de alguns, as tosses invadem a sala mais uma vez, as lágrimas balançam nos olhos de uma idosa bem vestida, mas o alívio cómico provoca-lhe uma gargalhada bastante sonora e exagerada. O espectáculo acaba, alguns temem levantar-se para não serem os únicos. Eu levanto-me na companhia de alguns destemidos, a plateia completa está de pé.

A sociedade está com medo de sentir.

04/04/2007

Não te odeio.

Já não espero que toques á campainha, nem sequer que tragas pipocas para vermos um filme no meio dos lençóis térmicos, com os estoures a proibir que a luz que despertava os nossos olhos entrasse pela janela. Já não fexo a porta do teu carro com força de mais nem com leveza de menos, já não canto enquanto conduzes porque o rádio ainda estava na loja à tua espera. Já não insisto contigo para imitares os que nasceram com síndroma de down, já não me vez a rir desalmadamente até aquele ponto em que dizias "e parar Raquel?", ou "estás-me a ver a rir dessa maneira por acaso?". Já não vamos comer travesseiros a Sintra, já não me tiras o cisco do olho com soro, já não te pego ao colo, já não me pegas ao colo, já não vamos ao teatro, já não vamos ao cinema, já não vamos ao chinês, já não vamos ao israelita, já não vamos aos sundays de chocolate, já não vamos beber cerveja, já não vamos beber o my sumo, já não me proíbes de fumar, já não te digo para dançares mais devagar, já não te digo para dançares mais depressa, já não me esperas a porta da casa de banho, já não te obrigo a comer mais, já não te pergunto se bebes vinho ao jantar, já não te peço para largares o Ogame, já não te meto neskuik no nariz, já não me metes neskuik na testa, já não te escolho o Polo, já não uso mini saia, já não metes o rolo por baixo da almofada, já não te acendo o esquentador para tomares banho de manhã...
E o mais irónico disto tudo, é que vamos continuar a comer travesseiros de Sintra, a imitar os que nascem com síndroma de down, a beber cerveja, a beber vinho ao jantar, a dançar depressa demais, a dançar devagar demais, eu vou fumar, tu vais conduzir e fechar a porta com força, sim vamos continuar, nem que seja só numa viagem de lembranças.
E apesar de tudo não me arrependo de nada, nem do que fiz de menos nem do que diz demais, porque já está lá atrás, num sítio que nunca mais vamos conseguir alcançar mesmo que estiquemos o braço até ao máximo para concertar o relógio que parou na nossa última chamada telefónica.
Tenho um novo relógio invisível em tempo certo no meu pulso.

Obrigada.

03/04/2007

Em Contra-ambição


Por vezes não sei bem o que quero, mas sei muito bem até aquilo que eu não quero.

Por vezes posso estar confusa e em baixo, sem saber o que quero, mas é nestas alturas em que ganhamos certezas daquilo que não queremos...


Não quero esperar

Não quero ter incertezas

Não quero inseguranças


E acima de tudo não quero SOFRER...


Não quero sofrer mais, embora saiba que ainda vou sofrer muito nesta longa jornada que é a vida, mas por favor! Eu só quero um intervalo...


01/04/2007

PRETEND NIGHT II (um cheirinho)

Primeira montagem deste grande envento.
Ah e...JESUIS ME SALVOU!