31/12/2008

31.12.1989


Mais um ano...literalmente! Cheguei aos 19!


Tudo de maravilhoso e gratificante para este novo ano para aqueles que eu apreço...
Essas pessoas sabem quem são! =)


27/12/2008

Olá tia!


As pingas caiam pelo guarda-chuva fechado, encharcado, no qual apoiavas a mão direita imitando Bernarda Alba... As pingas formaram uma pequena circunferência no chão, que tu foste alargando lentamente com a ponta do chapéu, foi então que decidiste desenhar um sol através da chuva. No fim aquele desenho molhado no chão já não era mais um simples sol, tinha-se tornado numa estrela de natal... Do nosso natal!
Nunca escrevi sobre ti, nem tenho por hábito dedicar posts aos meus "mais chegados", afinal, tu nem és um "mais chegado", nem melhor amigo como te considero tantas vezes, és... DIFERENTE...(neurótico vá! ehehe) Não! Não és diferente, és um espelho! E eu também! Adoramos refletirmo-nos não é? E o mais engraçado é que não é propositado, é Antilope! Antiope! Antiople! Antiii...lope! Ah ai enfim...Resumindo... Não te dedico um post, nem meras palavras que ainda não deixaram de ser meras, porque ainda não as consegui promover a textos encantadores, é algo que vou buscando, e como sempre, quanto mais aprendo menos sei, menos sabemos... Não é? Estou a divagar, mas juro que estou a beber Sun Quick de laranja, só!
Enfim... Vamos guardar a nossa imagem na estação de comboios: Eu dentro do comboio, com o vidro fosco da porta que já não pode abrir novamente, a sorrir para ti... E tu, que correste um pouco para apanhar o comboio que começava a sua marcha, e que me fizeste soltar uma enorme gargalhada que assustou os passageiros!
Também quero sonhar em tons sépia como tu. Ahahaha!

23/12/2008

What ever Happened The Strokes

I wanna be forgotten,
and I don't wanna be reminded.
You say "please don't make this harder."
No, I won't yet.
I wanna be beside her.
She wanna be admired.
You say "please don't make this harder."
No, I won't yet.
Oh dear, is it really all true?
Did they offend us and they want it to sound new?
Top ten ideas for countdown shows...
Whose culture is this and does anybody know?
I wait and tell myself "life ain't chess,"
But no one comes in and yes, you're alone...
You don't miss me, I know.
Oh Tennessee, what did you write?
I come together in the middle of the night.
Oh that's an ending that I can't write, 'cause
I've got you to let me down.
I wanna be forgotten,
and I don't wanna be reminded.
You say "please don't make this harder."
No, I won't yet.
I want to be beside her.
She wanna be admired.
You say "please don't make this harder."
No, I won't yet...

Não me lembro

22/12/2008

no 2º andar


Concretizar os teus mais íntimos desejos num mundo, em que somos nós que o vamos educando a pouco e pouco, torna-se quase surreal, imperceptível, incoerente, mas os corações agora batem... muito rápido por sinal.


Quando ela dança, o que lhe vai na alma, e que se transmite facilmente para todos aqueles movimentos, são desejos, vontades de se sentir amada, desejada... Mas mais que isso tudo, é a criança que agora está ali a dançar, aquela que sem saber porquê dizia que a música eram bocados de almas que nos enchiam o coração, e dançar era uma maneira de partilhar, de saborear a vida...


São coisas próprias da idade, foram sempre coisas próprias da idade, todos nós temos direitos a ter coisas próprias da idade até morrermos...


A água corre agora, quente, quase a ferver.

E não vamos parar... Amanhã quero acordar.

12/12/2008

bmi Baby

O meu corpo acendeu-se com as tuas palavras. Engraçado, como nunca me entreguei nem me entregarei tanto como a ti, e como depois vim a sofrer o dobro do que esperaria algum dia vir a sofrer. Como é que é possível não conseguir apagar chamas, que ardem incessantemente mas que nem com um oceano se irão apagar? Que tipo de amor é este para me adormecer triste todas as noites por não ter nem quem me aconchegue, e ao mesmo tempo por não ter quem me vire as costas até eu morrer de incertezas, e medos de te perder. Estes contrastes trouxeram-me mais uma vez um nó à garganta que tantas vezes te consumiu...
Quem me irá receber mais da forma que tu me recebeste? E ainda assim, sou capaz de te desejar sempre que me lembro que sou mulher, nas noites frias que têm feito ultimamente. Que desgosto que é perceber, que nunca conseguirei interpretar, ou representar sem mergulhar num mar de lágrimas infinitas, e no entanto já não gemo nem soluço... O choro que tu tão bem conheces, que torna a minha face rosada, e os meus olhos muito vermelhos, tornou-se nos últimos tempos uma coisa silenciosa... Se provasses as minhas lágrimas com certeza que sentirias um sabor a amargo como o que eu provo todos os dias quando percebo que talvez nunca mais me deliciarás com o teu sorriso e gosto por me fazeres surpresas únicas... Assim... à minha espera... Onde que que seja, a tua serenidade, quando me recebias em encontros tão solenes como um ritual raro, naquele aeroporto, fazia-me sentir pequenina, porque eu tremia, acredita! Sentia vergonha de te abraçar de tanto tremer de tanta felicidade...
Tivemos tanta sorte em nos desfrutarmos.
Tivemos.



Fedra - "O que é que se quer dizer quando se diz que alguem está apaixonado?"
Ama - "Filha, é o maior prazer de todos, mas ao mesmo tempo é doloroso."

09/12/2008

Heterónimos de H2O e sal.


"Para ser grande, sê inteiro: nada Teu exagera ou exclui." Ricardo Reis
Não querendo ser individualista, como inevitavelmente me torno cada vez que decido observar com atenção os dias a passar, como um bloco de notas em que as folhas se arrancam com a força do vento, tal como num filme... E me ponho a escrevinhar umas coisas... e se não me conseguir imortalizar em ideias e registos?
Mesmo sentido a efemeridade da vida na pele, de um todo que se altera a cada milésimo de segundo, é a morte que está adjacente a cada um dos meus dias; dos nossos dias!
Tantos se imortalizaram, outros que estão vivos deixam-se morrer mais que os falecidos, e eu, que tantas vezes me sinto tão vazia de mim mesma, por sentir que nos movemos todos como uma massa, mas que, no entanto, não paramos para reflectir, porque a realidade é que a minha, a tua, a nossa geração vive a um ritmo alucinante.
"Carpe Diem" não implica viver à pressa... Eu quero cultivar o respeito pela vida que me foi atribuída, e como não conheço aquilo que está para além dela, tenho de guardar a consciência de que ela passa como um rio que Ricardo Reis tanto quer observar ao lado de Lídia.
Todos nós sem excepção somos, sem dúvida, organismos, um universo de mundos, e para crescermos, não precisamos de jogar, ou corroborar planos, basta sermos nós por inteiro, atingirmos uma sinceridade única connosco próprios, sem pedir desculpa por existirmos, antes de nos relacionarmos com o resto do mundo.
Não quero escrever uma lição de vida, mas sim, confirmar-me a mim própria com os frutos que fui recolhendo, através do que li... Não me canso de repetir: Não me quero perder no meio da subjectividade, quero encontrar respostas para aquilo que quero ouvir... Somos aquilo que sempre fomos de origem, e não aquilo que não podemos ser, ou fazer.
Quero ser um todo, conhecer-me num todo, numa masturbação infinita...sublime.
Quero.

06/12/2008

"Insónia de Fedra"


Retalho-me em cortes profundos.
Não há nomes que me revelem.
Já me deitei sendo muitas
e eis que acordo e sou apenas Ele.
Colecciono pedras que atiro contra o espelho.
O espelho de dedos em riste
e unhas sujas de corrupções e fluidos de amores torpes.
Estilhaço de vidro agudo fincado por debaixo da pele.
Já me escarneci com intervenções cirúrgicas
em metade à escuridão e ao sono que não é meu.
Retirado o espinho de vidro,
saberão todos eles como me acostumei a suicídios.
Abafo o grito que é de todos os cortes.
Peço silêncio à violência que Ele me traz.
Teseu das Guerras dorme
Entre os lençóis frios.

Alexandre Cabanel - Fedra (detalhe)- 1880

04/12/2008

Criatura da Noite

Esta noite quero cantar
Dançar e voar ah ah ...
Quero ver luzes muitas
Quero ser um pássaro.

Quero ver os peixes a bailar
E as ideias a gritar
Quero voar voar até ver
O mar pegar fogo
E o campo incendiar
Até a luz me cegar
E eu voltar p'ro meu lugar