27/12/2008

Olá tia!


As pingas caiam pelo guarda-chuva fechado, encharcado, no qual apoiavas a mão direita imitando Bernarda Alba... As pingas formaram uma pequena circunferência no chão, que tu foste alargando lentamente com a ponta do chapéu, foi então que decidiste desenhar um sol através da chuva. No fim aquele desenho molhado no chão já não era mais um simples sol, tinha-se tornado numa estrela de natal... Do nosso natal!
Nunca escrevi sobre ti, nem tenho por hábito dedicar posts aos meus "mais chegados", afinal, tu nem és um "mais chegado", nem melhor amigo como te considero tantas vezes, és... DIFERENTE...(neurótico vá! ehehe) Não! Não és diferente, és um espelho! E eu também! Adoramos refletirmo-nos não é? E o mais engraçado é que não é propositado, é Antilope! Antiope! Antiople! Antiii...lope! Ah ai enfim...Resumindo... Não te dedico um post, nem meras palavras que ainda não deixaram de ser meras, porque ainda não as consegui promover a textos encantadores, é algo que vou buscando, e como sempre, quanto mais aprendo menos sei, menos sabemos... Não é? Estou a divagar, mas juro que estou a beber Sun Quick de laranja, só!
Enfim... Vamos guardar a nossa imagem na estação de comboios: Eu dentro do comboio, com o vidro fosco da porta que já não pode abrir novamente, a sorrir para ti... E tu, que correste um pouco para apanhar o comboio que começava a sua marcha, e que me fizeste soltar uma enorme gargalhada que assustou os passageiros!
Também quero sonhar em tons sépia como tu. Ahahaha!

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