05/06/2008

Pânico

Pânico!!! Um ódio gigante apoderou-se dela, e este era um sentimento que só lhe assaltava o espírito em ocasiões bem específicas, o que lhe fazia inevitávelmente virar-se violentamente contra a pessoa que mais amava acima de tudo e de todos. O coração palpitava-lhe tanto... Ela podia senti-lo em todas as partes do corpo. O coração... Agora ela sentia o coração no céu da boca, acompanhando os gritos e os enormes insultos que lhe saltavam sem parar da boca, e que lhe ocupavam a cabeça, o cérebro por complecto. Tudo o que lhe aparecesse à frente iria ser arremessado contra a própria mãe. A casa agora era apenas um balão branco, e ela gritava mas não via nada! Desesperada percebeu mais uma vez a verdade, nua e crua, que agora lhe arranhava os órgãos, arranhões esses que nunca se iriam ver na pele, mas que lhe iriam deixar cicatrizes em todos os músculos... "Estás sozinha."
O MUNDO NÃO SERVE PARA EU VIVER, NÃO É O AR QUE EU QUERO RESPIRAR, NÃO TENHO CULPA DE QUERER SEMPRE VER O MUNDO A PARTIR DE CIMA!!!

3 comentários:

Balbino disse...

Só com uma grande humildade e coragem é que se pode escrever um texto assim.

Quanto mais te enfrentas mais te dominas, menos te arrependes.

SOL disse...

tb tens aqui um espaçinho, eu tb mas so agora comecei a escrever praticamente, nao tenho mt jeito, mas isso tambem nao importa.
Gosto do que escreves es a maior maninha;)

Simão Miranda disse...

Assino por baixo do Balbino em relação à coragem.

Senti o mesmo.
Foi corajoso, gostei