23/04/2008

Barreira

Que moinho irá moer, esmigalhar, estes sonhos que jazem aqui mortos, onde as ideias se vão separar em migalhas de sonhos outrora vivos?
Que rio é este onde não posso molhar os pés?
Que tipo de respostas existem aqui do outro lado da minha rotina?
Quem me vai trazer agora o meu vinho da consciência?
Para onde foram os peixes que desesperavam por água limpa? E eu... Que desespero pelo ar que me preencheu de conclusões...
Que medo que é vaguear sem se saber o que se está a procurar...
A espuma amarelada do rio enoja-me como se estivesse na minha boca... O enjoo de um balanço nas ondas faz este mão escrever gritos de calamidades!
Mordo a boca por querer morder o mundo... Crio aftas para dar relevo ao nosso interior.

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