15/04/2009

Hemorragia

Vamos lá a por um termo aos erros ortográficos.
Se continuar, a fluência e o êxito morrem. Assim não pode ser.
O que fazer se o tempo desaparece? A meteorologia interfere na diminuição das horas?
Já não sinto a frescura da infantilidade do meu corpo. O meu corpo é de mulher, e não o tenho tratado como tal. Esqueço-me que já não sou criança, e o impasse é sempre o mesmo: Não sou uma coisa nem outra.
Quantas vezes são as que já escrevi a palavra “Sou” neste grande alguidar, onde despejo a minha insegurança?

Tosses tanto durante a noite, e preocupas-me! Será que te causei insónias nas noites anteriores, por causa da minha tosse?
São tantas as vezes que te trato mal! Quero-me redimir!
É a única certeza que me dás: Oportunidades da tua parte não me faltarão.
Desculpa! Desculpa! Culpa minha, culpa da mulher que sou eu. Já me educaste!
Educaste-me tão bem! Faltou-me o pai é verdade! Tenho um que me leva a almoçar e a jantar de vez em quando. Não o conheço. Não sei quais são os seus hábitos, não conheço os mais banais, só dos que me recordo da minha infância… às vezes até acho que muitos dos meus hábitos são parecidos com os do meu pai, mas não surgiram da convivência, apenas dos genes! A culpa é com certeza dos genes.
Doem-me as costas. Também não me lembro de algum dia em que não tenha sentido estas dores agudas da nuca até aos rins.
Quem me ler irá conhecer-me muito melhor. Quem me ler, achará que sou muito egocêntrica, mas não sou! Sou apenas. Limito-me agora a ser.

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