Fear

Hoje é um dia para me fechar.

Este é mais um dia em que me afirmo, afirmo-me infinitamente aqui, e ali também!

Escrevo cada vez pior, e vejo-me cada vez melhor! Vejo-me melhor, e pior, não sei.

Estou a ficar louca pela milionésima vez em infinitos meses.

Sinto-me louca e perdida, no entanto sei qual o caminho a tomar olhando para ti... No entanto não me sinto... É verdade não me sinto a mim nem ao mundo, que é tão maior e diferente daquilo que idealizamos.

Vou voltar à lenga-lenga do gosto, e não gosto, quero e depois já não quero... Sou repetitiva porque não tenho tempo para escrever bem, gastei o tempo onde e quando? Como? Perdi coragem quando?

Vejo o mundo a desabar, desaba até nas minhas próprias mãos, e o que é que eu vou fazer em relação a isso? Quem vou ser eu daqui para a frente? Só sei que nada daquilo que estou à espera, portanto muito menos daquilo que penso agora, ou tento exprimir em palavras, porque no fundo, também sei, que à volta do que escrevo não existem conceitos, muito menos originalidade, mas é o que muitos de nós passamos a vida a fazer, a reflectirmos em frases cliché, a maneira como nos sentimos, mas porquê? Eu não me quero repetir NUNCA MAIS!!! Impossível... Eu sei! Vivo desta procura, vivo desta ânsia, deste misto de prazer e agonia, desta tristeza constante, de uma alegria que se reflecte nos teus olhos que insistem com os meus para olhá-los, e eu olho-os com todo o prazer, mas... Sabes? Tenho urgência de fugir e criar aquilo que ainda não descobri ser capaz de fazer, e sei que um dia terei de tomar uma medida drástica quanto a isso... TENHO DE ME MEXER! Tenho de me encontrar... Pensei que me tinha encontrado em variadas ocasiões, mas é tudo um engano, estou perdida no meu mundo alheado a tudo o que tenha uma ordem, ou uma estrutura lógica...

Eu penso em tudo como sonhos, constantes sonhos, que mesmo que se realizem, não deixam de ser sonhos e imagens cinematográficas, que por muito que não agridam o interior de ninguém, assustam-me! A vida assusta-me!!!

Tenho medo.