Ao calor
da minha intimidade,
sinto.
E tudo quanto vejo
é este sentir
denso e profundo.
As estrelas, lá no céu, brilham.
E eu,
cosido comigo
nas sombras do meu poço,
ouço
a voz do mundo.
Ainda tenho olhos p'rás estrelas,
mas, velhas,
cintilam, cansadas,
sobre tudo que as esquece.
Olho-as nos olhos.
Uma estranha energia
redobra-lhes a tristeza
que se funde em mim
como se funde em mim
como se fosse o príncipio do fim
- almas que se encontram numa prece.
Carlos Carranca
Serenata Nuclear
Je t'aime (moi non plus)
Há 12 anos
2 comentários:
Estava a ler e eu sabia que conhecia este género de escrita...
=)
http://www.youtube.com/watch?v=IEguAROS4tw
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