16/05/2009

Dia 27 de Abril

Está a ser uma experiência engraçada, estar qual intelectual de esquerda a escrever neste jardim. Escrevo como sempre escrevi, e penso como sempre pensei, a partir sempre da mesma “estrutura”.
Chamo a este pátio e aos quartos todos “As criadas”, e lá no primeiro andar estão os homens, onde se passa a “Alta Vigilância”. Daqui já escolhi a que faria Solange: chama-se Filomena, e sofre de nervos e de tudo o que interfira com o seu sistema nervoso, tentou manipular-me para eu lhe dar um cigarro, com o seu olhar de quem não tem mais ninguém no mundo, mais aquela voz fininha, que se notava perfeitamente que não era a dela, mas depois na hora da ceia, quando lhe disse para beber o chá, ela manda-me para o caralho, e ao lado dela, naquele preciso momento encontro a senhora a sorrir para mim apoiando a cabeça na sua mão esquerda… Era a senhora… Foi fascinante a primeira noite que lá fiquei…
Antes de adormecer sento-me sempre nesta cadeira a olhar para a janelas lá de cima… Quem será o Olhos Verdes? O Maurice acabou agora mesmo de me dizer adeus pelo vidro de uma das janelas, e o Le Frank também… Na verdade, apelidei-os a todos de “patuscos”!
Por hoje é tudo. São 22:00 e eu (Não Clara, mas sim Teresa Raquel) vou dormir.

2 comentários:

Pedro J. disse...

dona raquel bâtista, devo antes de mais nada dar-lhe as boas vindas à blogosfera, e informa-la de que tenho sido bombardeado com uma pergunta bastante pertinente: "Para quando o regresso da grande crónica Irrita-me Solenemente"? Ora aqui está um projecto a retomar, não acha..?

sapateando... disse...

porque gosto de ti!
agora vou acompanhar e bem de perto a Che Moleskine Guevara! :p LOLOLOLOLOLOL

Beijo