"Quem me vê debruçada na janela
Não venha debruçar-se sobre mim
Mas passe tristemente junto dela
E tristemente passe junto a mim
Que juntas estão as mãos com que apertei
As rosas e os beijos pela tarde
Que deu lugar à noite que me dei
E que sem querer me arde, ainda arde.
Quem passar devagar não se demore,
Acaso o choro a alma me encontrar
No fundo não é tanto o quanto chore,
É mais a dor calada de chorar.
Que a espera que me prende no vazio
deserta-me da vida junto dela
E outra vida surge como um rio
Ao ver-me debruçada na janela"
Je t'aime (moi non plus)
Há 12 anos
Sem comentários:
Enviar um comentário